aka o texto mais egocentrado da internet Faltam cinco dias para o meu aniversário. Aniversário esse pelo qual espero ansiosamente desde o meio de março. Porque eu amo aniversários. Os meus, os dos outros, de cidades, de casamentos. Não sei exatamente porque...? Eu gosto muito de comemorar coisas, seja com uma super festa de arromba ou um abraço mais apertado. E a parte mais egocêntrica de mim adora que a comemoração esteja acontecendo simplesmente porque, well, eu nasci. E, sabe, meu nascimento não exigiu nenhum esforço da minha parte pra eu merecer uma celebração por isso. (Apesar de eu sempre me empolgar pra isso no aniversário alheio) E tem uma parte de mim que sente certa vergonha do prazer absurdo que um mero 'Feliz Aniversário!' no meu Facebook traz, mas eu não consigo evitá-lo. Eu sou extremamente carente de atenção e conto os segundos para o meu aniversário só pela atenção que todo mundo me dá naquele dia, porque é mais socialmente aceitável querer os holofo...
Eu não tenho medo de morrer. Sério. Eu tenho medo é de morrer sem ter feito tudo o que eu queria fazer. Existe uma lista tão grande de coisas que eu ainda não fiz. O povo que anda comigo reclama demais, e que eu só tenho 16 anos, e que eu vou viver muito ainda... mas eu já me sinto tão... drenada agora. Eu rezo pelos fins de semana como quem espera férias depois de seis meses de trabalho sem folga. Estou morrendo de cansaço, sem vontade de fazer nada e eu nem fiz metade das coisas que eu queria fazer. Na verdade, não chega a um décimo de tudo o que eu quero fazer antes de morrer. Sei lá... tem coisas que eu nem sei que quero fazer ainda. Eu tenho muito pra viver. E a ideia de morrer sem ter passado por todas as experiências possíveis me assusta. E muito.
E aquela sensação terrível de que nunca vivi nada de verdade? De nunca ter me sentido realmente completa? Nada e nem ninguém nunca me fez sentir como se não coubesse mais nenhuma emoção (boa ou ruim) dentro de mim. E aí, me vem de novo aquele sensação de vegetal. Estou aqui, existo. Mas não vivo. Não me jogo de cabeça em nada de verdade. Sem foco, sem rumo... sem emoção. Vendo os dias passar diante de meus olhos, escorrendo pelos meus dedos, sem fazer nada. Sem guardar um mísero grão de areia na minha ostra pra ver se vira pérola. Só olhando. Pessoas indo, pessoas voltando, luzes, cores, cheiros. E nenhuma emoção vinda daquilo. Só a sensação de que alguma coisa está faltando nesse quebra-cabeça da minha vida. Ou o problema nem seja faltar uma peça, talvez nenhuma delas se encaixe. E eu saia dessa vida sem entender o que é se sentir realizada, completa, bem-sucedida. Só o vazio. O não. Já pensei (muito mais de uma vez) na possibilidade de nunca me apaixonar por ninguém e morrer virgem. ...
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