quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Setembro de 2015: um resumão.

Obs: não ignore o aumentativo no título

Hoje completou 37 dias desde o último post. Fiquei assustadíssima quando me dei conta disso porque não tinha percebido o passar do tempo assim. Setembro passou num piscar de olhos. Desde o finzinho que agosto que tento fazer um post decente pro blog, mas não conseguia sentar e pensar numa forma de escrever. Todo dia abrindo o Blogger e encarando a caixa branca sem sentir o texto fluindo, apagando toda a primeira linha antes que ela virasse duas. Fui deixando todas as ideias de post pra lá, largando de mão, igual eu estou fazendo com, well, a faculdade, que não consigo lidar porque sou completamente desorganizada com tempo e prazos. Quinta feira que vem já é outubro e eu não sei o que estava fazendo da vida esse mês. Na verdade, sei: nada. E tudo.


~tremendo igual vara verde~
Comecei bem no primeiro fim de semana do mês nove: estive na Cidade Maravilhosa no feriado da Independência com uma das minhas melhores amigas pra curtir a vida adoidado.
No sábado de manhã estive na Bienal do Rio, que é bem melhor que a de São Paulo em questão de espaço, mas de resto é quase que a mesma coisa. Tirei foto de tiete com David Nichols sim, fiz papel ridículo nas dez horas de fila sim, gastei horrores, mas valeu pena cada momento de agonia por esse momento aí à esquerda.

claramente, Garota de Ipanema é sobre mim
No domingo, fui pra um rolê mais de turista, com direito a circuito mundial de vôlei (que eu não vi, porque, gente, que fila era aquela, credo) em Copacabana, um mar gelado num dia não muito quente de fim de inverno, sessão de fotos absurdas com um super poster de Narcos (ASSISTAM NARCOS GENTS) no metrô, garoas paulistas inesperadas no lindo Rio de Janeiro, foto com o Pão de Açúcar, foto do Cristo, foto na(s) Pedra(s) do Pontal no Recreio e até foto de namoro com Tom Jobim em Ipanema, mas sem direito a por-do-sol no Arpoador, porque, bem, estava ~chovendo~. Que decepção, Cidade Maravilhosa, que decepção.

"Bia, vamo pro Nordeste?"
eu, antes mesmo de sair do Rio
Ok, ok, nada de decepção. Na verdade, só surpresas. Se tem
uma coisa que eu aprendi nessa viagem é que o Rio de Janeiro não está se gabando ao se apelidar de Cidade Maravilhosa, esse título é bem mais que merecido. Essa cidade é tão absurdamente linda, em tantos detalhes, que eu ainda estou abismadíssima, quase um mês depois. Nos gabando estamos nós, paulistas, enchendo a boca pra dizer São Paulo é melhor que o Rio só por orgulho. Nenhum lugar de São Paulo é tão bonito quanto as maravilhosas montanhas que circundam a cidade litorânea. Fora a companhia, melhor companhia de todas <3

Voltei pra São Paulo dia 8 de manhã sem saber muito bem como lidar com a vida ainda, o mundo se acabando em chuva, e Karla completamente desnorteada, direto pro trabalho, mas sem saber ainda lidar com a rotina.
Sensação que, diga-se de passagem, ainda perdura. Não voltei ainda pra rotina, que está acontecendo, mas não está passando por mim; como se eu estivesse fazendo as coisas num ritmo e elas acontecendo em outro. Eu estou tão perdida nos acontecimentos de setembro que nem consegui atualizar o Skoob com os livros da Bienal ainda.
No primeiro fim de semana depois do feriado eu passei o domingo todo encarando a vida e pensando "meu deus, não vai dar pra fazer nada" ao invés de, de fato, fazer alguma coisa. Passou-se então mais uma semana que eu nem vi, fazendo tudo no piloto automático, indo pras aulas meio emburrada porque minha grade e as dos meus amigos batem muito pouco esse semestre.

Olha essas pessoas.
São as melhores pessoas.
Quinze dias depois do Rio de Janeiro, lá vou-me eu com ~ozamigo~ para a casa de um deles em Mongaguá curtir uma domingueira porque São Paulo parece um forno ligado no máximo desde o dilúvio do dia oito. E, olha, se tem uma coisa que eu amo mesmo nessa vida são os meus amigos. Foi bem pouco tempo, talvez só umas vinte e quatro horas. Mas foi o suficiente pra saber que, apesar dos pesares, dos julgamentos, da zoera, dos pontos altos e baixos da vida e do saldo bancário, se eu estiver com eles, estarei bem.


No meio do caminho de tudo isso, estou tentando ler A Teoria Geral do Keynes, também conhecido como um dos três pilares do meu curso de economia, sem muito sucesso, enquanto minha pilha de livros de diversão me encara com tanta vontade e a fall season trazendo minhas séries de volta de um hiato sofrido e uma lista enorme de exercícios de microeconomia que eu devia estar resolvendo e... eu não estou fazendo nada. 

Eu não tenho tempo teoricamente de descer a serra e curtir um domingo ~free~ na praia. Tecnicamente, devia ter passado o domingo lendo um texto para escrever um trabalho de economia política, devia passar minhas tardes "livres" por conta de uma certa bateria de palestras na faculdade pra estudar em casa, mas tô assistindo videos no YouTube, lendo Poderosa 4 (que comprei por uma barganha maravilhosa de 15 reais num sebo) ao invés de Keynes e escrevendo no blog ao invés do já mencionado trabalho.
Setembro é parte de um 2015 que está sendo o melhor ano da minha vida em tantos sentidos, mas que me desestabilizou em vários sentidos também. Estou me sentindo na beira de um precipício, de onde a vista é linda, mas que qualquer deslize causa a morte, sabe? Não sei. Está tudo maluco, e eu estou completamente perdida, mas, nossa, que delícia de mês <3