quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Quem vive de passado é mus(eu)

eu provavelmente deveria escolher uma foto tirada por mim pra esse post?
Aprendi a valorizar memórias.
As presas dentro da minha cabeça e as presas em quaisquer lugar fora delas.
Sou apaixonada pelo meu HD externo porque ele detém todas as minhas fotos que eu consegui salvar. Existe algo de mágico em abrir aquelas pastas e ver meu cabelo comprido nas fotos que estavam no orkut em 2009 (e ainda bem que estavam lá, porque eu sumi com todas aquelas fotos daquela época, aparentemente eu não via importância em manter as fotos se elas não estavam no orkut?) ou as da bienal do livro desse ano. Algo incrível em abrir um vídeo da minha irmã de 5 anos em 2009 e ver que ela cresceu tanto, mas ainda mantém certos trejeitos. Existe algo reconfortante em ver meus vídeos em 2011 e em 2013 e perceber que eu não evolui nada em tal aspecto e mudei radicalmente em outros.
Eu adoro ler posts antigos do meu blog. Me dá uma certa esperança de que, sim, você muda, você cresce e você aprende. Nada é permanente, nem mesmo as tatuagens, por que suas (minhas?) opiniões deveriam ser? Gosto também do fato de saber que eu gosto daquela garota de dezesseis aninhos de dois anos atrás. Bate um arrependimento de ter apagado todos os blogs que eu já fiz desde 2008, quando ganhei meu primeiro (e único [sim, ainda uso o mesmo]) computador.
Gosto dos meus diários, com reclamações tão relevantes quanto "Hoje não teve nada legal pra escrever" (texto original, KDB, 2010). É a mesma ideia dos blogs, mas absurdamente mais importante, já que nos diários físicos, eu escrevia toda e qualquer coisa, já que era a única que ia ler. E é engraçado ler coisas que você não lembra sobre si mesmx.
Daí vem o ponto desse texto: a memória não é eterna. O esquecimento é inevitável. Por mais que se tente, não há como lembrar de tudo na vida. Simplesmente não há. E é por isso que registros são tão importantes.
Existe uma razão para a história ser separada da pré-história pela escrita: não aconteceu se não há registros. Não tem como saber do que aconteceu dentro de uma caverna há 7 mil anos se ninguém rabiscou nada em suas paredes. É uma das partes mais importantes da história do livro 1984. A única forma de o presente (r)existir até o futuro é com registros.
A gente passa tanto tempo pedindo para a Penseira de Harry Potter ser real, que não percebemos que elas são. Cada registro de momentos vividos que deixamos para trás é uma memória fora da sua cabeça. Memória que, talvez daqui a vinte ou trinta anos, vai ser mais difícil de ser alcançada no fundo desse enorme baú de tranqueira que a gente chama de cérebro. Mas que é, com o catalisador certo (uma foto, um texto, um vídeo, um desenho, um cheiro, um sabor), facilmente trazida à tona. Mais importante que isso, mesmo que você, no alto de seus 98 anos, não consiga mesmo se lembrar de mais nada, outras pessoas poderão.
E um pedaço de você vai estar sempre vivo.

PS: tem tempo que eu não escrevo sobre outra coisa que não minha mente perturbada, né?!
UPDATE: meu HD externo com todas as fotos da minha vida desde 2009 corrompeu e eu nem consigo formatar pra recuperar as fotos. Imagine como meu coração está agora.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Você não gosta de mim. Você só quer me foder. É diferente.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Graceful / Grateful

Essa é uma carta de agradecimento. Eu não sei se devo agradecer a Deus, aos deuses, ao Universo, ao Destino, sei lá. Mas estou agradecendo. Porque eu passo tanto tempo reclamando da vida que deixo de perceber as óbvias coisas maravilhosas da minha vida. E ela é, sim, maravilhosa.
Então, obrigada.
Por ter água em casa, já que em São Paulo a situação está crítica, mas eu estou bem. Sou grata pelos meus amigos, que são os melhores do mundo. Pelos meus pais, que também são os melhores do mundo e ainda estão casados. Por ter a oportunidade de estudar numa universidade federal. Por ser ridiculamente saudável e nunca ter quebrado nenhum osso, apesar da minha tendência natural a quedas. Sou grata pela internet. Por poder comer tudo nessa vida, já que não tenho alergia a nada. Pelo verão. Pelo inverno. Pela incrível sensação de trocar mensagens com ele e por ter um celular que me possibilite isso. Pela minha auto-estima, que não é das melhores, mas não é das piores também. Sou muito agradecida por nunca ter sofrido de amor, apesar de, ambiguamente, querer isso desesperadamente. Por ter uma irmã chata pra caramba, porque a vida sem ela parece bem chata também.
Sou uma pessoa realmente muito sortuda. Não é todo mundo que pode dizer o mesmo.  E eu agradeço muito, do fundo do coração por isso.

domingo, 19 de outubro de 2014

Top 5 Sunday - Razões pra amar Patch Cipriano


Patch Cipriano é basicamente a razão pela qual estou solteira nesse momento. Também é minha tag favorita do tumblr.

"You're mine, Angel"

"I undress to impress."

"Be my everything"

"Naked. I know the drill."

"Go here? Or here?"
Como viver sabendo que em lugar nenhum no mundo real há um cara assim?

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Frio na barriga, medo e ansiedade. Num jeito completamente novo. E incrível.

domingo, 12 de outubro de 2014

Top 5 Sunday - Food Porn


Torta Mousse de Manteiga de Amendoim

Macarons

Panquecas Americanas

Nachos

Hamburguer e Fritas


A que horas sai o almoço, hein?

sábado, 4 de outubro de 2014

Top 5 Sunday - Datas


Ano Novo
O dia do ano em que tenho mais esperança na vida. Ainda bem que existe esse tipo de comemoração.

Natal
Família êh, família ah, família! (e comida)

Aniversários
Os meus principalmente, mas aniversários em geral são bastante legais.

Solstício de verão
Marca o início da minha estação e época favorita do ano. Tudo maravilhoso.

Dia do Amigo
Um beijo pra todas aquelas pessoas capazes de me aturar na vida.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

22 de Dezembro de 2012

Eu amo livros.
Isso é legal.
E por amar livros, acabo por viver para eles.
Isso não é legal.
Todos os dias eu entro em um site qualquer que venda livros para ver o preço de algum(ns) livro(s), mesmo tendo a certeza de que não vou comprar nenhum deles.
E isso é menos legal ainda.
Começo, então, a perceber que é mais fácil pra mim se apaixonar por um personagem do que por um cara real. Começo a perceber que eu quero ter a atitude de uma personagem, mas não faço nada na vida real. Percebo que fico muito mais feliz porque uma personagem está namorando, do que quando acontece qualquer coisa comigo.
E as pessoas me dizem que estou fugindo da minha vida e me escondendo dentro das páginas. E eu minto pra mim mesma dizendo que não, eu não faço isso.
Eu amo livros. Quando estou lendo, vivo coisas que não aconteceriam na minha vida de verdade e, consequentemente, sinto coisas que não sentiria fora dos livros.
Só que eu tô começando a achar que talvez minha vida fosse mais legal antes de meu prazer por leitura virar um vício. 
Em As Vantagens de Ser Invisível (haha, nunca largarei o hábito de citar livros), o protagonista diz que está tentando participar mais da vida. Eu acho que antes de os livros virarem oitenta por cento da minha vida, eu participava mais dela. Eu vivia. Sorria mais e me jogava mais e deixava as coisas acontecerem.
Agora eu espero que minha vida vire um livro e que o cara perfeito vai surgir e se apaixonar por mim e que eu vou ter um final feliz maravilhoso e que eu vou ser feliz no final.
Eu amo livros, mas preciso aprender a separar as coisas.  Ficar lendo é ótimo. Mas todo livro acaba e uma hora eu vou precisar viver minha própria vida. Minha vida não vai ser um livro (a não ser, talvez, uma biografia). E se eu quiser que alguma coisa aconteça nela, eu preciso fazer acontecer, escrever minha história.
E talvez, só talvez, eu possa viver um romance (nos dois sentidos).



PS: esse post foi escrito no meu tumblr na data mencionada no título. parece que nada mudou desde então.
PPS: coisas legais (e outras nem tanto assim) acontecem na tag #kdb do meu tumblr. sim, estou nostálgica.