quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

6 coisas boas de 2016

Esse post era pra ser mais ou menos um pedido de desculpa por ter reclamado tanto desse ano de 2016, pra me redimir, fechar essa porta e poder começar 2017 de coração aberto e espírito leve, em paz.

A ideia é que eu ia tentar encontrar 16 coisas boas que me aconteceram esse ano, pra cobinar e etc, o toc ajudar e tal, mas 2016 continua sendo um ano de bosta, mesmo quando a gente eleva as esperanças para o ano seguinte e etc., então eu cabô que eu não consegui achar nem DEZ coisas boas pra esse post, então ficam só seis mesmo.

Senhoras e senhores, por ordem cronológica, a melhor parte do meu 2016.


1- Florianópolis

Uma foto publicada por Karla (@cadebaltar) em
Eu comecei o ano no próprio paraíso da praia de Canasvieiras no norte da ilha da magia e com a melhor companhia possível e nem reclamei muito do frio em pleno reveillon porque aquela viagem era onde eu queria viver. Apenas.

2-  O carnaval
Uma foto publicada por Karla (@cadebaltar) em

Carnavais duram quatro dias e se alguém disser que eu estive bêbada em algum dos quatro é mentira. Descobri o maravilhoso mundo dos bloquinhos de São Paulo e, minha gente, não tem como alguém não gostar do que vi e do que vivi.

3- Meu estágio
Uma foto publicada por Karla (@cadebaltar) em

É o primeiro emprego que me dá noção de tamanho e de empresa e de hierarquia e de mundo adulto e de que eu sou só uma bostinha que precisa comer muito arroz e feijão pra brincar de gente grande ainda. Apanhei e chorei tanto, mas aprendi tanto e gosto tanto que pode ter sido a melhor coisa mesmo que aconteceu no ano. Provavelmente é sim.

4- Jaloo e Iara Rennó.
Uma foto publicada por Karla (@cadebaltar) em

Eu conheci Jaloo na virada cultural esse ano e a Iara Rennó vários meses depois num lambe-lambe da Paulisa (acho?), mas como ambos se tratam de música brasileira da boa, coloquei a Rennó fora da cronologia porque o blog é meu e eu posso. Mama-me o single mor da Iara Rennó foi a música que eu mais escutei no Spotify esse ano e senhoras e senhores que mulher. Além de Mama-me, escutei Sonâmbula até o ouvido criar calo e depois continuei. Já Jaloo não aparece tão marcante no Spotify, mas com certeza deixou 2016 mais brilhante e festivo. A foto é dum show que fui dele bem depois da virada, mas representa pouco o quanto eu adoro esse rapazinho mei tímido do Pará e sua franja. Minha favorita é Chuva ou Vem ou Last Dance, eu não sei decidir.

5 - Raven Cycle

A série de livros sobre a qual ainda não consigo falar com clareza, só querer chorar e me abraçar a um travesseiro, mas que desencadeou um post apaixonadíssimo sobre a mente brilhante por trás da história maravilhosa. Não sei se algum dia vou conseguir falar sobre Raven Cycle em si, mas foi definitivamente uma das boas coisas de 2016.

6- Meu namorado
Um vídeo publicado por Karla (@cadebaltar) em

Keep in your life everyone who makes you a better person. E ele me faz querer ser uma pessoa melhor todo dia.


Então, assim, 2016 foi um ano de bosta? Foi. Mas também foi o ano que tive Raven Cycle e Jaloo pra me segurar. Quase me matei no processo, mas acabou, sabe, e, apesar de termos a posse de Trump e do Dória, e ser o penúltimo ano da faculdade, e eu ter toda uma perspectiva de coisas ruins aparecendo pelo canto da porta, não consigo ficar pessimista em fins de ano. Porque se 2016, com toda a merda que carregou consigo, ainda me proporcionou coisas tão incríveis quanto essas aí de cima, não tem como 2017 decepcionar.
Que o venha então. Não sei o que vem por aí, mas tudo bem, aprendi que consigo segurar tudo. E, sinceramente, um ano que vai começar com meus amigos no Rio de Janeiro não pode ser tão ruim.
Feliz 2017 pra mim, pra tu, pra nós. E até a próxima.

sábado, 1 de outubro de 2016

Desculpe o transtorno, preciso falar sobre Maggie


Nos conhecemos em 2009. Quer dizer, eu ouvi falar dela pela primeira vez em 2009. Maggie Stiefvater provavelmente já me conhecia antes disso.
Se você abrir meu diário de 2009, a possibilidade de você encontrar alguma página escrito "quero ler Calafrio" é bem alta. Nessa época, eu tinha acabado de ler Crepúsculo, tinha encontrado o maravilhoso mundo dos blogs literários (que desencadeou uma série de blogs falidos escritos por mim) e, mais especificamente, o blog da Karina (acho que falarei sobre ela em algum post em algum futuro) que escreveu uma resenha apaixonada sobre a experiência de ler Calafrio, o primeiro livro publicado por Maggie Stiefvater no Brasil até então. Karina tirou o blog do ar e não posso compartilhar o texto com vocês, mas foi um negócio bom o suficiente pra, até hoje, eu ainda lembrar da sensação de "ai que fofo quero muito ler também que gracinha" que senti ao ouvir falar pela primeira vez de Calafrio. Era como se eu já soubesse ali, pelas palavras de outra pessoa, que adorava o livro. Passaram-se cinco anos desde esse texto até eu finalmente conseguir ler Calafrio, que era surpreendentemente o início de uma série, em 2014.
Eu me apaixonei por Maggie na primeira página.
Não é que eu tenha me apaixonado pela história, ou pelos personagens, eu me apaixonei por Maggie. Embora também tenha me apaixonado pelo livro em si também, eu tive a certeza de que ninguém mais poderia ter escrito The Wolves of Mercy Falls. A história era boa, o potencial enorme, mas apenas Stiefvater saberia usar aquilo daquele jeito. Mais importante que isso, a exclusividade de Stiefvater era notável no primeiro capítulo.
Li Calafrio, Espera e Sempre em 2014. Eu tinha adorado tudo, mas eu tinha amado a escrita de Stiefvater. Não é só ritmo, não é só texto. É poesia em prosa. Nessa época, segui Stiefvater em toda e qualquer rede social só pra descobrir que ela não só estaria publicando um quarto livro na série, como ele seria sobre meu personagem favorito da até então trilogia. Que eu comprei na bienal do Rio em 2015 e até hoje eu olho pra ele na minha estante e tenho vontade de ler de novo. Não pela história, não por Cole St Clair (Apesar de, sim, amar muito a história e o Cole), mas por Maggie. Pela forma como ela escolhe dispor as palavras e pelo jeito como as coisas ficam extremamente maravilhosas nas palavras dela. Porém, depois de Perdido, o último livro publicado sobre Os Lobos de Mercy Falls, eu tinha dado uma pausa no fangirl com Stiefvater, apesar de amar ela no twitter.
Em algum ponto entre 2009 e 20015, lançaram no Brasil A Corrida do Escorpião, o único dela publicado aqui que eu não li ainda (e, a bem da verdade, nunca quis ler até esse ano), e o primeiro livro da segunda série dela, Os Meninos Corvos, que é a razão desse texto estar sendo escrito. A primeira vez que eu ouvi falar de The Raven Boys foi em algum lugar da internet alimentado por uma pessoa não brasileira. Não teve texto memorável que me fez sentir calorzinho no coração e escrever no diário sobre o quanto eu queria ler The Raven Boys. Na verdade, na minha cabeça (e talvez meu péssimo inglês da época) a história se tratava sobre meninos virando corvos (oi? kkkkk) e eu estava zero interessada. Sabia que era a mesma autoria de Calafrio e tinha muito interesse em Os Lobos de Mercy Falls, mas tinha uma enorme falta de interesse em A Saga dos Corvos. Entretanto, fontes confiáveis do meu twitter e tumblr explodiram a internet com amor por The Raven Cycle. E quando eu descobri que a história não se tratava de meninos que viravam corvos (não, sério, de onde eu tirei isso? hahaha), eu saí desesperada pelas internet gritando SHUT UP AND TAKE MY MONEY porque eu queria muito ler outra série da Maggie. Quatro outros novos livros com a alma Stiefvater neles. Eu queria muito.
Só que os livros custavam R$45. QUARENTA E CINCO GOLPINHOS NUM LIVRO. Ás vezes até mais. Se vocês estão prestando atenção, eu nem tinha tanta vontade de ler aquela série assim, eu só queria muito porque era Stiefvater e todo mundo estava gostando, aparentemente.
Mas como eu disse, as pessoas da minha timeline do twitter são as melhores pessoas e gritaram uma promoção da Livraria Saraiva em que era possível comprar os três livros publicados no Brasil pela incrível bagatela de R$60,00. Cada livro sairia por R$20, que é o melhor preço de livro possível nesse Brasil de meu deus. Fui lá comprei, deu ruim, comprei de novo, deu ruim, várias treta na Saraiva. Consegui finalizar a compra. Até o dia em que finalmente chegou Raven Cycle na minha casinha, eu já tinha pegado todos os spoiler possíveis e impossíveis no Tumblr.
Mas nada teria me preparado pra The Raven Cycle.
No prólogo de Os Meninos Corvos, todos os ~feels~ que senti com Maggie em 2014 voltaram num turbilhão. Eu lembrava que ela escrevia bem, mas não tão bem assim. Eu lembrava que ela sabia desenvolver personagens, mas não tão bem assim. Eu lembrava de amar muito todo o trabalho dessa mulher (e não só nos livros, ela desenha e toca e entende de carros e.... ugh), mas não tanto assim. Maggie Stiefvater tem mágica nos dedos que escapa enquanto ela escreve. E mágica no cérebro, que é a única explicação pra tanta criatividade pra, não só criar mitologias muito originais em suas histórias, mas desenvolvê-las tão maravilhosamente. Maggie tem tanta mágica, que seu nome é quase um anagrama de "magic".
Era de se esperar que sua obra prima fosse sobre mágica.
The Raven Cycle é sensacional, e eu poderia escrever um texto sobre tudo o que tem de bom nos Meninos Corvos, mas eu escolhi falar de Maggie. Porque The Raven Cycle é foda pra caralho, mas a mulher por trás é mais foda ainda.
Stiefvater escreve personagens pra além dos humanos. Objetos, lugares, carros, florestas, relacionamentos. Tudo isso vira personagem em suas histórias, em alguns capítulos, eles são inclusive principais. E sentem coisas e vivenciam coisas com uma originalidade, com um cuidado, que só é possível porque é criado por Stiefvater. Maggie me deixou apaixonada por um floresta onde nunca estive, por pessoas que não conheci e por carros, que eu sequer gosto. Coisas que sequer existem, mas pra mim são reais o suficiente pra considerar marcar na pele.
E aí eu me dei conta de que não era a frase que eu queria tatuada. Era a escrita de Maggie. "As árvores falam latim" não é uma frase muito profunda por si só, não faz sentido nenhum e poderia muito bem ser ignorada em qualquer outra história, apenas como característica das árvores, mas no contexto e na forma em que a mocinha Stiefvater escreveu, se tornou uma frase digna de tatuagem.
E ela ainda tem talento pra mais que a literatura.
Só há uma coisa que Maggie não soube escrever (ou pelo menos não publicou): uma frase que expresse o sentimento quase apaixonado que desenvolvi por suas palavras. E, pior, ela provavelmente nunca vai saber que é minha autora favorita, porque, sinceramente, olha o tamanho desse texto? É muito pouco provável que eu vá traduzir isso só pra Stiefvater ler e é muito provável que ela fosse de fato ler caso eu de fato traduza. Talvez se ela vier ao Brasil em algum futuro. Quem sabe um dia eu consiga expressar o quanto adoro ela em mais de um tweet.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Mérito.

(Antes de qualquer coisa, o objetivo desse texto é só tentar entender a conjuntura da minha vida. Não estou me gabando, não estou desmerecendo ninguém, nem defendendo meritocracia e muito menos tive a intenção de reclamar de barriga cheia e/ou me fazer de vítima enquanto externalizava esses pensamentos. Nenhum post desse blog tem nenhum outro objetivo além da simples reflexão sobre o assunto, sem conclusões nenhuma. Esse não é diferente.)

Por que decidiram que subir uma escada é a grande imagem do sucesso, gente?
Eu sempre tenho que me lembrar que meritocracia não existe. Porque esse é um conceito tão prático, óbvio e internalizado na minha família, que eu tenho que me policiar pra não soltar um discursinho babaca do "não fez porque não quis". Perdoa.
Mas velhos hábitos demoram a morrer.
E quando te usam de argumento pra comprovar a existência do lindo mundo meritocrático, fica mais difícil ainda escapar da onda. Porque, sim, meus pais saíram do meio de nada e, sim, eu fui parar numa das melhores universidades do país e ganhando mais no estágio que o salário bruto do meu pai que trabalha há 30 anos na empresa dele, mas eu sei que essa é a realidade de poucos. Muito poucos. A exceção, não a regra. 
Sei porque na faculdade e no estágio, eu vejo o gap. Eu consigo ver todo o espaço entre mim e o antigo estagiário que gastou R$20 mil na última viagem que fez; é bastante notável a diferença entre as notas de Karlinha que tem sono demais pra estudar e as da guria que os pais bancam tudo, inclusive a estadia em outra cidade, só pra estudar. 
Daí é foda, né, não deixar subir aquela síndrome de ralé e me perguntar se estou no lugar certo. Porque ao que tudo indica, não estou. O universo não funciona assim, pessoas que nasceram no interior da Bahia onde a cidade "grande" mais próxima tem 60 mil habitantes não têm filhas trabalhando no "maior banco privado do Brasil" (:P) e estudando numa universidade federal, sabe? Isso é coisa de gente rica. Que tem dinheiro pra pagar escola boa, depois cursinho, gente com contato nas empresas que pode encaixar filho num estágio qualquer coisa, só até ele ter maturidade pra assumir o negócio da família.
Só que também é foda, né, não se deixar levar pelo comichão do mérito. Porra, ninguém conseguiu, sabe, só eu. Nasci numa família nada rica, nunca estudei em escola particular, fiz cursinho de graça e por sorte (minha mãe diz que foi lei da atração), porque meus pais mesmo não podiam pagar, nunca passei necessidade, grazadeus, mas não é como se eu tivesse tido muitos impulsos pra chegar onde cheguei além de uma enorme confiança que depositavam em mim. (I mean, uma enorme confiança de que eu poderia chegar onde minha família acredita que é o sucesso profissional, já que as coisas que eu queria mesmo sempre foram desencorajadas pela falta de dinheiro. Mas isso é assunto pra outro post.). Todos acreditavam que eu era muito inteligente e capaz de "subir na vida" pra um lugar onde eles não conseguiriam. E eu acreditei. Acreditei tanto, que cheguei num lugar onde eles não poderiam chegar. Eu tinha zero chances contra a guria que fez dois anos de cursinho e que não precisa trabalhar no período da faculdade (aka tendo todo o tempo do mundo pra viver esse mundo louco que é a academia do jeito certo), mas chegamos no mesmo lugar! Muito fácil acreditar que existe meritocracia assim.
Só que eu também sou privilegiada. Eu posso não ter as mesmas oportunidades na vida que 80% do corpo discente do meu campus, mas eu tive mais oportunidades que quase 80% do Brasil. Estudei em escola pública sim, mas estudei nas escolas do bairro rico (isso sem falar da Etec, onde grande parte do público também era cria da escola particular). Fiz técnico. Fiz inglês (!!!!). E se eu pensar bem, só de ter prestado vestibular, já passei na frente de vários dos meus primos, realidade que tá aqui bem perto da minha.
Então, no fim, passo metade do meu dia só julgando os antigos amigos de infância que estudaram em escola particular mas não passaram no vestibular de uma universidade pública, porque parte de mim acha que eles deveriam; e a outra metade julgando quem têm a oportunidade de cursar uma universidade pública sem trabalhar, porque eu acho que a vida tinha que ser mais difícil pra essas pessoas. Não me orgulho de nenhuma das duas coisas.
Vivo esse eterno meio termo sem saber se mereço ou não o mérito de estar onde estou.
Talvez eu devesse só agradecer e calar a boca.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

o q q ta com tece nu?

Será que ainda tem um blog embaixo de toda essa poeira?

Esse post tem duas finalidades básicas: tirar a poeira do blog e ter algo pra lembrar quando eu abrir esse blog daqui a 28 anos sobre onde estava a minha vida em junho/agosto de 2016.

Coisa nº1: Li Raven Cycle. Bom, não inteiro, pois ainda não publicaram Raven King na terra de Vera Cruz, mas já o comprei, porque não vou ter ~guts~ pra esperar a publicação no Brasil. Na verdade, e não tô me aguentando pra ler nem daqui a um mês quando chegar minha cópia do Book Depository, imagina esperar sair em português. (Embora eu esteja planejando sim comprar a versão brasileira quando sair pra ficar bonito na estante. Sim.) Eu poderia escrever sobre a série, e até quero, mas por causa da coisa nº2, perdi todo o clima no terceiro livro, então só talvez eu escreva sobre todos os ~feels~. SÃO MUITOS FEELS.
Coisa nº2: estou com infecção na urina. Mais especificamente no rim. Por um motivo bobo, que poderia ter sido evitado e do qual me orgulho zero. Fiquei internada, tomei antibiótico na veia, continuo tomando via oral agora. Meu braço onde tinha a entrada do soro ainda dói. Aprendi que qualquer sinal é sinal e que VAI NA PORRA DO MÉDICO SIM KCT. Mas estou bem agora, grazadeus. Apesar de ter desmaiado, tomado soro e remédio na veia e ficado internada, tudo pela primeira vez, tudo numa porrada só. Tá tudo bem. Acordei agora.
Coisa nº3: Tem a coisa com o minino lá. Que eu amo dizer que odeio a nossa situação, mas na verdade eu não odeio nada não.
Coisa nº4: Hoje eu quero fazer a monografia da faculdade sobre o custo de oportunidade do financiamento estudantil. Pode ser que daqui pra 2018 eu desista, e é provável que sim, porque, né, que literatura sobre o assunto será que tem sobre? Vamos fazendo. Ou não. Difícil isso, cara.
Coisa nº5: Estou preparando outra viagem pro Rio de Janeiro e se tudo der certo ainda vamos (eu, Bia, Caio, Lenna e Leandro [ah é, tem isso também, o Leandro do Caio agora é Leandro da Lenna]) ficar na Lapaaaaaa. EU TO TÃO EMPOLGADA.
Coisa nº6: Gilmore Girls, Full House e Stranger Things na Netflix. Só isso mesmo.
Coisa nº7: É muito difícil trabalhar no banco. Espero que passe. Todo mundo me diz pra fazer as coisa de um jeito diferente. THIS IS SO HARD. Quero deitar no colo do minino lá (ah lá os close errado) e não sair mais. Cadê férias de verdade, cadê?
Coisa nº8: Começou a tocar Faz Parte do Meu Show agora no fone de ouvido e é uma música boa demais não mencionar.
Coisa nº9: Próximo semestre (daqui uma semana  meia) tem aulas de estatística aos sábados de manhã. Imagino quem é que vai terminar essa matéria.
Coisa nº10: Já tem um tempo, mas acho importante dizer que vi a Jout Jout dia desses na Livraria Cultura (escrevi como se tivesse esbarrado nela sem querer num passeio vespertino, mas na verdade foram três horas de fila e uma aula de matemática financeira a menos por uma foto maravilhosa. Totally worth it.)
Coisa nº11: Phoenix é uma banda muito boa mesmo.

Isso é o que tem de mais importante acontecendo na minha vida hoje. Acho importante deixar registrado para futuras consultas. Espero rir quando ler isso, sei lá, ano que vem, por exemplo. Espero não chorar também.
Enfim.
Até a próxima. Que eu não vou prometer, mas espero ser antes de três meses.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Sobre chorar por um cara na sua festa de aniversário depois de prometer que essa seria a última coisa que você faria

Segure-se onde tem pra se segurar. Aproveite as coisas, do jeito certo ou do jeito errado, só aproveite. Se apaixone e se machuque, tá tudo bem. As coisas são o que são, e ninguém controla os acontecimentos da vida, nem as pessoas mais organizadas. Esperneie, se quiser. Ninguém vai viver sua vida por você, então absorva todas as coisas (e pessoas) que ela lhe proporcionar. Tá tudo bem não estar tudo bem sempre. Aprendemos mais quando ficamos mal

sábado, 30 de abril de 2016

Querida Karla de 16 anos,

ô, sua disgracenta, como assim "não tão querida karla do futuro"??! Vai se ferrar, ô coisa pequena. Sou a melhor versão da gente e você me chamando de "não tão querida".
Se bem que, né, como você saberia que hoje sou muito melhor do que você? Quando você me escreveu sua cabeça não estava no lugar, tudo estava confuso e incerto e complicado... a parte boa é que, mesmo que não melhore muito essa confusão toda aí, pelo menos agora você tem dinheiro pra ir no cinema depois de sair do trabalho se quiser. Não me achei ainda, como você esperava, mas vamo fazeno, uma hora vai, quem sabe.
Logo de cara, vou te dizer que Paramore não é mais sua banda favorita. Assustador, né? Ainda escuto e gosto da nostalgia (cara, o show! você vai amar o show!), mas dá uma escutada em Arctic Monkeys com maior atenção, por favoooor.
E é claro que eu sinto falta de ter 16/17 anos. E, fala sério, você também adora. Só está com medo de completar 18 e ter de sair do útero ensino médio. Aliás, o ensino médio foi incrível em tantos detalhes, é uma parte enorme de quem somos hoje, e eu me divirto pra caramba na faculdade, mas essa sensação de conforto e familiaridade que você sente ao ver as paredes laranjas e o chão azul do Einstein é tão quentinha (estou ficando com a mesma sensação sobre o verde e branco da Eppen - ah é, você não passou na Fuvest, get used to it, nem estuda contábeis e agradeça por isso - também, mas não é a mesma coisa). Outra coisa quentinha é essa sensação de ser super inteligente: vai passar. Na universidade você vai reprovar, criar medo de apresentações em público e tudo isso só porque você conheceu 908438724572890 milhões de pessoas mais inteligentes que a gente. Mas também 38724872 menos inteligentes. Tá tudo bem. Calma.
Aliás, calma também nesse lance do namoro. Tem uma galera namorando à sua volta, ok, e você está curiosa sobre porque passamos tanto tempo em busca disso. A bos notícia: vamos descobrir qual é o hype e entendê-lo perfeitamente. A má notícia: a sensação de não ter um namorado é pior depois que já se teve um. Mas tá tudo bem não ter um namorado também. Dentre todas as coisas que você aprendeu com a único relacionamento que teve até agora, uma das mais importantes é que você merece algo incrível. Espere esse algo incrível, ok? Tá tudo bem.
Repete comigo: tá tudo bem.
Que auto-estima é essa, mana? Eu mal me reconheço nessas tuas palavras. Para de falar mal das feministas e vai estudar sobre. Joga "empoderamento feminino" no Google. Muita coisa ia ser mais fácil se você tivesse descoberto o feminismo um tantinho antes, tipo essa sua auto-estima de merda aí. Você é incrível. Karla. Eu não espero que você acredite, e eu também tenho dificuldade pra acreditar ás vezes, mas é verdade.
Você ainda prefere calor, sim. E o Twitter ainda é sua rede social favorita. Crepúsculo e Hush Hush ainda dão uma nostalgia gostosinha. Você ainda é amiga dessa galera incrível do Einstein, da Marina (que namora seu migo da faculdade graças a euzinha), da Kety. A Larissa teve um bebê. E o Vitinho também.
Mas você fez novos amigos. Até perdeu a virgindade no meio do caminho, com uma pessoa sensacional. Parou de colocar os livros no centro do seu mundo, ironicamente na época em que finalmente você pode pagar por eles (até por uma viagem pra bienal do RJ na verdade), o que é ótimo, porque agora você pode viver tudo aquilo que você sempre quis, participar da própria vida e tals. Mas as séries continuam firmes e fortes, mais firmes e fortes ainda agora com Netflix (eu não sei se você já sabe o que é isso aos 16 anos, mas se não souber, guarda esse nome no coração).
E estuda. Putaquepariu, estuda. Não pra passar no vestibular, mas pra criar o hábito. Porque você ~PRECISA~ estudar na faculdade, ou sim ou sim, e você não sabe. E também você tá deixando o inglês de lado nessa época, por conta do tcc (vai por mim, não é uma perda total de tempo, parece, mas hoje você tem um emprego onde usa excel e sql, então...) e do vestibular, mas você não tem ideia do quão importante ele vai ser em alguns anos no futuro. Eu não sou mais disciplinada que você (na verdade, com álcool no meio do caminho, provavelmente sou menos disciplinada), mas isso é culpa nossa que não desenvolvemos isso há 15 anos atrás quando começamos a estudar.
Ah, eu ainda falo tipo, e bosta, e monguice. A gente achava que perdi alguns vocabulários ridículos, mas só adicionamos mais (boroca que o diga).
Miga (é moda agora chamar todo mundo de miga), a vida é uma grande treta. E tem dias bons, e dias ruins, e as coisas nem sempre saem como a gente quer, e coisas passam, e pessoas vão, e pessoas ficam, e as lágrimas caem, e a barriga dói de dar risada, e você teve a sorte de aprender isso antes dos 20. Sei que não parece, mas crescer é bom pra caralho. E trabalhar realmente cria caráter. E mudar de casa (e de faculdade, e de ambiente, e de ideais) faz um bem danado. E medo é gostosim também. Você já esteve num relacionamento, você estuda economia, você trabalha num banco, você ainda ama os mesmos amigos com uns outros agregadinhos, você não lê mais tanto, porém lê melhor, você gosta de caipirinha e mojito, e de temaki e linguiça alemã, e assistiu how i met your mother inteira. Eu choro todos os dias quase por qualquer razão que seja (presta atenção no primeiro André que você conhecer) e me sinto um cocozinho de pessoa em grande parte do tempo, mas se você pudesse me ver agora, provavelmente ficaria muito empolgada pra chegar até aqui. E só estou te contando tudo isso porque eu sei que é uma informação a qual você não tem acesso. Porque hoje eu só estou onde estou, com as experiências que tive, e com a coragem de viver que eu tenho (porra, e que coragem, viu, tu foi pra Florianópolis com um garoto que seus pais nunca nem viram), porque você não sabe nada do que vem pela frente. Não vou te desejar nada, a não ser o que eu já sei que vem por aí. Mas vou aceitar seus desejos de ser rica e feliz, porque, bem, eles ainda são os mesmos.

Um queijo pra você também  <3
                                          -Karla

** esse texto é uma resposta a uma carta que eu escrevi em 21 de março de 2013. Parece que faz menos tempo, e ao mesmo tempo parece outra vida.
** olha só, eu nem chorei lendo a carta ou escrevendo a resposta
** esse é um texto pessoal demais, meu deus, como eu tenho coragem de publicar um negócio desse na internet?! 
** segue, abaixo, uma lista de verdadeiro ou falso pra essa lista que escrevi exatamente um ano atrás nesse blog
-falso. não dou mais aula na wizard, mas o Les Trupps acabou, ou seja
-meio a meio. sim, ainda estudo economia, mas se tem uma coisa que eu quero fazer nessa vida é me formar, e eu não vou sossegar antes disso
-falso. hm.
-verdadeiro. new girl não é mais a mesma coisa, mas ainda resisto, firme, forte e felizinha toda vez que o nick é fofinho com a jess
-verdadeiro. haha. inclusive, saudades.
-verdadeiro. e olha que nem tem mais o zayn

domingo, 27 de março de 2016

THE BREAKUP AFTERMATH

No último mês eu:
-voltei pra faculdade
-virei o pé
-larguei um emprego de mais de um ano
-fui aprovada numa vaga de estágio
-voltei pra academia
-terminei um relacionamento de quase um ano
e, segundo dizem, o meu inferno astral só começa dia 1º de abril. E por mais que pareça, não, não é uma piada de dia da mentira.
Fato é que desde março do ano passado, eu fiz tanta coisa, eu realizei tanta coisa, eu aprendi tanto, eu mudei tanto, eu absorvi tanta coisa, que não dá pra ficar brava com o fim de uma era como essa. Se eu fizesse uma listinha tipo a do começo desse post pro período entre março/2015 e março/2016, ela seria todo o conteúdo desse post e ainda se encaixaria em post gigante.
O que importa mesmo, é que entre ossos inchados, olhos molhados e corações partidos, posso dizer que sobrevivi. E que cresci o suficiente pra aceitar que só dá pra melhorar quando a gente não é muito boa. E que tudo bem desistir de algo bom, porque em geral no futuro tem algo melhor. E que sofrimento não é eterno.

Vai doer. Tá doendo.
Mas como diria Cine: nunca ninguém morreu de amor.

terça-feira, 15 de março de 2016

O (em)Prego

meu relacionamento com a faculdade/carreira in a nutshell

Estive no mesmo emprego por um ano. O que incomoda não é o tempo, já que esse é um recorde e tudo o que eu quero é trabalhar a vida inteira no mesmo emprego DESDE QUE seja algo para o qual eu ligue ou ao menos me sinta mais importante fazendo-o.
O que incomoda é que esse não é o caso do emprego em questão.
I mean, eu me importo. Eu ligo, mesmo. Educação é um ramo ótimo para trabalhar e que está tragicamente defasado no Brasil, inclusive estou direcionando meus estudos para a economia da edução. Mas eu não sinto que esteja no lugar certo, então não estou fazendo o que exijo de meus professores e, consequentemente, passo dois terços do tempo pensando que poderia estar fazendo aquilo melhor ou deixando pra alguém melhor que eu fazer. E não estou. O que me deixa na verdade com a sensação de desperdício de tempo (o meu e dos outros envolvidos).
Porém existe um negócio chamado inércia, né? Nas aulas de física aprende-se que inércia é a tendência de um corpo a se manter parado ou em movimento desde que não haja nenhuma força agindo sobre ele. E o meu corpo, caso estejam se perguntando, está bem parado. O que significa que enquanto nenhuma força externa agir sobre moi, continuarei ali.
Insatisfeita. Com a já velha e conhecida sensação de que deveria estar fazendo outra coisa. Deveria estar estudando a economia da educação e não empatando a educação alheia. Deveria estar tentando encontrar um novo modelo econômico e revolucionar a macroeconomia e não cortando EVA. Não que cortar EVA seja menos importante (inclusive, pela inércia, é muito mais cômodo eu me manter cortando EVA, mantém as coisas 'tudo bem'), eu só não sou boa nisso.
(Se bem que, né, não sou muito boa em economia também.)
Me pergunto se a minha vontade de trabalhar ~na minha área~ também não seja só pela expressão na cara das pessoas ao descobrirem que eu, com essa cara de quem chora vendo Disney (sim) e que cai num terreno plano (sim), também tenho no cérebro argumentos para comentar a crise do euro e imperialismo americano (aparentemente, chorar em filmes da Disney anula sua capacidade mental de aprender sobre coisas ~sérias~ ¬¬). Não sei se me importo tanto assim com a economia do país ou eu só gosto mesmo é do direito de ser pedante porque me deram um nota boa (e discrepante com a realidade) na minha redação no enem, o que me garantiu uma vaga numa universidade renomada pra fazer um curso ~que importa~.
Desculpe-me ser prolixa.
O que estou querendo dizer é que estou insatisfeita e não fiz muito para ficar satisfeita porque o que eu imagino que me deixaria satisfeita parece bem mais difícil que a situação que me insatisfaz, y'know? Li em algum lugar na internet uma história sobre um cachorro sentado num prego e que não levantava porque não estava doendo o suficiente e acho que é mais ou menos isso que acontece na minha vida, sabe, tudo bem sentar num prego se estiver doendo tanto assim, se doesse eu já tinha levantado, ne? O problema é que eu nunca levanto. Preciso sempre que algo ou alguém venha me puxar pela mão me fazendo sair da zona de conforto(?).
E alguém e algo veio de novo.
E estou muito feliz com a oportunidade de levantar do prego.


PS: eu não postei em nenhum dia de fevereiro peço desculpa por tal. mas é que é muito mais dificil encontrar coisas sobre as quais deve-se escrever quando nem o emprego, nem a faculdade, estão me puxando de cima do prego.

domingo, 24 de janeiro de 2016

Sobre metamorfoses ambulantes e as vantagens de não ser invisível

It's okay that she's gone, actually
Acabo de fechar a aba da Netflix onde estive assistindo As Vantagens de Ser Invisível pela primeira vez, apesar de ter lido o livro há uns três ou quatro anos. O livro me fez chorar na época e o filme me fez chorar agora, mas há uma diferença bem grande nesses dois choros.
Porque há três ou quatro anos tudo me empolgava demais, toda a cultura que eu consumia entre 2008 e 2013 me engolia, fazia eu tremer por dentro e por fora, dava nó na barriga, despertava lágrimas numa facilidade absurda.
Entre 2014 e agora (2016 hein, uau, ainda pode desejar feliz ano novo depois de vinte de janeiro?), como diria Charlie no livro e no filme, comecei a participar mais da minha vida. Tenho sentido as coisas na pele e não mais através de páginas de livro ou cenas de filme. Os livros não mais me arrepiam a espinha, por mais que seja um livro bom. Uhg, estou completamente cansada de romance adolescente escrito ou gravado, o que deve ser um choque pra Karla de 15 anos. Essa semana eu abri Anna e o Beijo Francês numa das minhas passagens favoritas e, pela primeira vez, não continuei lendo até o livro acabar. Não sou mais a menina sem filtro e agora consigo ver erro de direção em filme (beijo Reza a Lenda) e problema de atuação em série (beijo Shadowhunters) e, mesmo que parte de mim esteja orgulhosa de tal, é meio frustrante não estar empolgada com a readaptação de um romance adolescente sobrenatural.
(Parênteses rápido pra comentar o quanto desprezei a tag Hush Hush on Netflix que os fãs de Sussurro estavam subindo essa semana, quando, sinceramente, uma série de Hush Hush era tudo o que eu queria em 2011. Não acho que Paramore seja minha banda favorita mais. E tem o fato de que estou viciada no Snapchat também. WHAT'S GOING ON WITH ME?!?! Mas voltemos ao texto)
Talvez frustrante nem seja a palavra, talvez decepcionante e desesperador se encaixem melhor.
Eu não lembro o que eu estava lendo ou assistindo na hora, mas em algum ponto essa semana alguém falou sobre mudar, acho, e crescer, talvez, alguma coisa sobre quem é você de verdade e blablabla, e na hora me veio um soco no estômago em forma do seguinte pensamento: a Karla do passado estaria orgulhosa de você agora?
E eu sinceramente não sei.
Porque é quase como se aquela garota tivesse sumido, eu mal lembro dela. Ler coisas que ela escreveu no diário de 2011 é engraçado no mínimo (e assustador, no máximo), porque aqueles são pensamentos reais dela, pensamentos reais meus, e que não fazem mais nenhum sentido pra mim mesma, a própria autora.
Chorei assistindo As Vantagens de Ser Invisível em 2016 pela razão exatamente contrária que chorei em 2012. Em 2012, minhas emoções mais fortes eram presentes da ficção e ver o Charlie se despedindo dizendo que ia 'tentar participar mais' me quebrou,  porque eu não me sentia vivendo. Agora a mesma frase me quebrou porque eu finalmente entendi o que significa participar da vida, ter minhas próprias emoções com as quais lidar, boas e ruins, e não poder acabar com os problemas fechando o livro. Antes era porque eu queria viver e agora porque estou de fato vivendo.
Só que, ao contrário de Charlie, não me sinto infinita, nem um pouco. Essa crise de identidade e recente procura pela pessoa que era anos atrás só me faz acreditar que não há nada infinito, muito menos a gente. Sou eu agora e serei eu até não ser mais, então serei outra pessoa, que ainda será Karla Damasceno Baltar, mas também não vai me reconhecer. E, talvez, segundo Raul Seixas em Metamorfose Ambulante (tenho ouvido horrores desde o começo dessa crise interna), é preferível que seja assim. Se mudamos, é porque crescemos, e se crescemos, é porque estamos vivendo. Certo?

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Joyeux Anniversaire Juliane

com a língua que agradaria alguns homens, sim, Ju, mas você me perdoa, ne?!
Juliane, segundo a internet, significa "pertencente à natureza daquele que é fofo e macio", "fofa, macia" ou ainda "aquela que tem os cabelos negros". De acordo com essa frase sabemos que apenas um terço da internet está correta, porque de fofa e macia, pelo menos essa Juliane em questão, não tem nada.
Conheci tal figura em meados de março de 2015, quando entrei para o meu atual emprego e a última coisa que eu esperava era que a guria sentada na recepção com carinha de perdida seria, well, uma das pessoas mais importantes pra mim agora.
Pouco mais de um mês depois eu já estava contando toda minha desgraça com garotos e faculdade pra JulianE, não JulianA, que tem quase nada a ver comigo e tudo ao mesmo tempo. Contava mesmo, porque ela me passa confiança e confusão, parece saber exatamente o que fazer e sabe com certeza que não sabe de nada, assim como eu. Fiquei amiga de Juliane porque ela estuda inglês o mesmo tempo que eu estudei, mas tem vergoinha de falar; porque ela come mais do que parece caber em seu manequim 34; porque ela ri comigo de coisa tosca tipo uma menina jogando um prato no chão e gritando enlouquecida ou uma criança vestindo Frozen dos pés à cabeça; porque Juliane é mais competitiva que a maioria dos atletas por aí, e mais esforçada que qualquer um deles.
Fiquei amiga pra pôr algum juízo nessa cabeça de vento, mas pra absorver boa parte de tudo o que essa garotinha inspira. Espero poder um dia ser essa mulher que você se torna hoje e me manter sempre perto pra você nunca deixar de ser a menina que acha Trento o melhor chocolate (pelamor, Ju, pelamor). Encontrar esse pedacinho da minha alma que só nasceu oito meses depois foi um dos grandes eventos de 2015.
Joyeux anniversaire, Juliane (em francês, porque desejar feliz aniversário em inglês pra uma recepcionista de escola de inglês é muito clichê, e nós odiamos clichês [sqn]). É meio ridículo dizer isso numa amizade de menos de um ano, mas eu te amo mais do que você ama Pretty Little Liars, e olha que não é pouco. Be happy ♥