terça-feira, 18 de agosto de 2015

let's get high


Lembra quando Taylor Swift perguntou se a brisa valia a dor?
Queria acreditar que não, mas tenho lá minhas dúvidas.
É bastante óbvio e previsível achar que nenhuma felicidade baseada na dor possa ser válida, mas vai dizer isso pra um masoquista. Fora o fato de que eu acho que em maior ou menor grau, todos somos meio masoquistas.
Não que todos saímos por aí nos mutilando e ou pedindo para outros nos machucarem, mas a gente sai por aí se jogando em montanhas russas só pela sensação de talvez-eu-caia. E, na moral, essa é uma sensação bastante viciante.
Meu professor de Microeconomia disse que, em algum nível, somos todos aversos ao risco. Mas acho que somos todos mais ou menos propensos ao risco. O que estamos dispostos a arriscar pelo ganho varia, mas estamos sempre dispostos a arriscar.
Não importa o cagaço, não importa o quão ruim pode dar e não importa se posso me machucar. Eu vou.
Eu tinha medo, não tenho mais.
Mesmo que dê muito ruim e doa demais e eu chore meus olhos pra fora, a dor também ajuda. Faz crescer, cria caráter, ensina. Só dá pra aprender errando e erro machuca.
Mas também tem aquela porcentagem de dar certo, né?! E não ter arriscado seria um arrependimento.
Porque pode doer e também pode ser completamente maravilhoso.
Porque pode ser lindo e pode ser terrível.
Porque nas duas situações, existe aprendizado e crescimento.
Porque, Taytay, the high IS worth the pain.

domingo, 9 de agosto de 2015

Nunca?

Já dizia o famoso pensador contemporâneo: never say never
Eu posso fazer uma lista enorme de coisas que amei e que não ligo mais, e posso fazer uma lista maior ainda sobre as coisas para as quais dei língua e careta e banana (aquela com os braços, não a fruta) e depois, com a rabo entre as pernas e a cabeça abaixada, disse "ah, to curtindo". O exemplo mais clássico que eu posso lembrar agora é One Direction que, uau, como é que algum dia pude dizer que não gostava deles, meu deus?!
Essa semana aí eu fiz DUAS coisas que prometi não fazer: fui sugada pra dentro do Snapchat e coloquei uma foto com bordas do Instasize no perfil do Facebook. Porque, em geral, eu sempre acho que a internet está overreacting sobre tudo, e eu nunca enxergo a absoluta necessidade que algumas pessoas vêm em certas coisas (o que, sinceramente, é a maior hipocrisia da minha vida, porque eu overreajo a tudo o tempo todo).
Sempre achei o Instasize meio desnecessário, coisa de quem queria colocar foto de corpo inteiro no Instagram e ter mais likes e sempre fui relutante ao aplicativo por muito tempo, mas daí numa certa selfie xis, me deixei levar e aceitei que, ok, talvez não tão inútil assim. E eu usei várias vezes depois. E mesmo que meu coração tenha aberto ao uso do dito cujo no Instagram, eu ainda franzia o lábio pra fotos no perfil do Facebook e do WhatsApp com as bordas/fundos. Até que eu tirei uma foto que não encaixava de jeito maneira na miniatura do Facebook, mas era uma foto tão boa e eu fiquei "ai meudeus, não acredito que to fazendo isso" e fim, tá lá. Com borda preta e filtro do Instasize.
Mas em nenhum momento durante esse recente boom do Snapchat me imaginei usando o mesmo. Nunquinha mesmo. Porque se tem uma coisa que eu odeio nessa era digital é gente que apaga foto, por quaisquer razões que seja, não tô nem aí se você espirrou na hora, NÃO APAGA MEU BEM. Então eu guardei no coração a certeza de que o Snapchat tinha sido o aplicativo mais inútil já inventado e que nem pra ser secreto valia, porque todos poderiam tirar print e, well, pra isso a gente pode mandar no WhatsApp mesmo. Mas aí tá todo mundo usando. Tem essas pessoas que eu amo na internet e que vira e mexe dizem "se você me acompanha no snap você já sabe dessa novidade que eu vou contar para pessoas atrasadas na internet que não estão lá". E eis que, bem, se digitarem cadebaltar na barra de pesquisa do Snapchat, é possível me encontrar. É provável que eu não tenha foto nenhuma, mas, sei lá, né, gente, já criei a conta, já segui/adicionei (nem sei qual termo cêis usam nessa ~rede social~) meio mundo, daí pra começar a postar vídeo dizendo "socorro que tédio" não deve demorar muito.
Fato é que, nessa longa estrada da vida, eu já devo ter negado um zilhão de coisas. Já declarei ódio a uma população inteira. Já jurei de pé junto que não faria isso ou deixaria aquilo acontecer. A parte boa é que aprendi, em algum ponto, que não dá pra prever o futuro. Não dá pra dizer o que vai acontecer amanhã, que dirá daqui a seis meses, que dirá daqui a seis anos. Dizer que algo ~nunca~ vai acontecer é muito pesado. Nunca é uma palavra muito definitiva, imutável. E que raios nesse mundo inteirinho é imutável, pelo amor de Deus???
Vamos evitar a palavrinha 'nunca' quando nos referirmos ao futuro, porque, obviamente, não dá certo e parece que atrai aquilo que prometemos não fazer. Vamos só dizer que isso não aconteceria 'hoje'. Afinal, se Karla está no Snapchat, minha gente, significa que há poucas coisas impossíveis nesse mundo.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Cinestésica


Existe uma teoria da psiconeurologia (olha, talvez não seja esse campo mesmo que estuda, e eu nem sei se essa palavra existe mesmo...? UPDATE: o termo certo é neuropsicologia, aprendi) que divide as pessoas em três perfis representacionais - visual, auditivo e cinestésico - baseados no funcionamento do seu cérebro, como este reage aos estímulos externos e o quanto isso interfere na sua personalidade e forma de se comunicar com o mundo.
Fiz um teste esses dias e meu resultado, como se pode notar pelo título, foi que eu sou esmagadoramente cinestésica. Mais da metade de mim se encaixa no perfil mais ~crazyney~.
É a galera dos eventos, da bagunça. Os esquecidos, os desorganizados. A pessoa que vai fazer um bom trabalho, mas nunca o melhor, pois pra eles o geral é mais palpável que os detalhes. É o professor legal, que fala de tudo, dá risada, mas que não consegue terminar a aula em tempo.
Cinestésicos não conseguem ficar parados por muito tempo, é a pessoa que senta e muda de posição sete vezes, porque não consegue ficar parado, mas também porque o conforto é sempre prioridade. E a gente morde tampa de caneta e faz anotação durante a aula só pra ter o que fazer (porque nunca vai reler aquelas anotações mesmo) e mexe no cabelo e come sem parar. Pessoas que, em geral, falam normalmente, mas quando existe emoção, aí a história muda e vira, uau, uma peça de teatro, com expressões e vozes e muitos gestos e dramacidade. Aliás, provavelmente usariam a palavra "dramático" para descrever um cinestésico.
As pessoas cinestésicas, dizem, reagem mais ao sentido do tato, tendo maior facilidade para lidar com pessoas, "socialmente orientados". Somos pessoas que ao fechar os olhos e imaginar a praia, temos maior tendência a sentir a areia nos pés que de ouvir as ondas, por exemplo. É um grupo muito do toque, adora falar pegando nas pessoas, grande entusiasta dos abraços e dos beijos e do calor. Quase sempre vamos preferir estar com alguém e quase sempre vamos querer que alguém prefira estar com a gente. Esse toque todo as vezes não é muito conveniente para algumas pessoas.
E, enquanto me explicavam tudo isso, não pude me conter na palestra, tendo uma crise, porque nenhum desses testes psicológicos me definiu tão bem. Foi tanta informação jogada na minha cara sobre mim mesma que já estava ali e só eu não queria acreditar, que eu achei que ou ia morrer de rir ou ia chorar.
Esse talvez venha a ser o texto mais sincero sobre quem eu sou, porque eu me encaixo em literalmente todas as características citadas e mais algumas outras que não consegui lembrar agora, mas que sim, sou eu.
Cinestésica. Em cada célula do corpo.


*você pode ler um realmente muito muito breve mesmo resumo dos outros perfis clicando aqui.

domingo, 2 de agosto de 2015

Eu nunca quis tanto que você me mandasse uma mensagem dizendo que sente minha falta quanto hoje. Porque hoje eu me sinto uma bosta as usual, mas eu preferia me sentir uma bosta quando isso não incluía pensar "por isso ele não me quis".