quinta-feira, 28 de março de 2013

ordens aka wishlist

Me irrite. Diga que eu sou boba. Brinque com meu cabelo. Zoe meu mau gosto pra livros e música. Finja que está bravo comigo. Me beije na testa. Me chame de chata porque eu não sinto cócegas. Morda minha orelha. Cutuque minhas clavículas porque sabe que eu não gosto. Me compre livros. Tenha ciúmes dos meus meus livros. Me abrace pela cintura. Me beije no nariz. Faça eu me atrasar pra um compromisso. Me chame de guria. Aperte minha bochecha. Roube um pedaço do meu lanche. Me beije. Morda minha bochecha. Diga que não quer mais me ver. Mande uma mensagem de madrugada dizendo que quer me ver. Me conte um segredo. Me conte todos seus segredos. Me faça esquecer dos meus problemas. Ria quando eu chorar por causa de um seriado. Me abrace do nada. Morda meu lábio. Interrompa minhas frases com um beijo. Diga que me odeia. Me deixe feliz só por existir. Me compre sorvete. Tenha ciúmes de mim. Me ame. Nunca diga que me ama. Exista.

sábado, 23 de março de 2013

a perfeição do imperfeito

"perfeição é um defeito"

Acho que cada um tem seus próprios leões pra matar todos os dias e que o que a gente conhece da maioria das pessoas à nossa volta é só um pedaço do que elas realmente são. Eu mesmo, sou muito mais sorridente na escola. Isso não quer dizer que eu sorria o tempo todo. Ás vezes eu penso que as pessoas reclamam muito de coisas muito pequenas, ou de coisas que eu acho boas. Mas eu não estou vendo as coisas do ponto de vista do "reclamão". O que somos, no que acreditamos e como vemos as coisas são resultado de experiências que vivemos, o que quer dizer que a partir de minhas experiências anteriores, aquilo pode não ser exatamente um problema pra mim, mas quem está passando por aquilo não passou pelas minhas experiências e enxerga as coias de um modo diferente. Da mesma forma que alguém pode olhar pra mim em terceira pessoa não vai entender porque eu tenho sérios problemas de auto-estima e reclamo o tempo todo sobre tudo. Ninguém viveu o que eu vivi/vivo pra dizer se é uma coisa difícil ou não.
Logo, pensar que a vida de alguém é perfeita é burrice.
Não só porque você não está dentro da cabeça das outras pessoas, mas porque a perfeição não existe. E ainda bem que não.
Uma coisa perfeita seria imutável, inalterável, completamente entediante.
O que faz a vida tão importante de ser vivida é que ela não é perfeita. Se fosse, ninguém se moveria pra nada.
Não haveria distinção entre bom e ruim, porque seria tudo igual e não teria nada para ser comparado.
Gostar de alguém não é achar essa pessoa perfeita. É aceitar que ela só aquela pessoa porque ela é imperfeita.
Não estou dizendo que temos que aceitar que nada vai ficar bom nunca porque tudo é errado e nada é perfeito. Eu só acho que há algo de muito, muito bom nas coisas imperfeitas. Desde um coque de cabelo mais bagunçado que é mais bonito que o coque estilo bailarina, até um all star todo rabiscado e velho, que é muito mais legal que um tênis de corrida novinho. E que perseguir perfeição é frustrante.
Igualdade, unanimidade, comunismo e perfeição são coisas irreais, utópicas. Porque acaba com a diversidade da natureza. Nós, enquanto seres vivos parte da natureza, somos diferentes, defeituosos, imperfeitos. E por isso tão perfeitos.

sexta-feira, 15 de março de 2013

domingo, 10 de março de 2013

[um texto sobre artes cênicas]

Agora, tão perto do vestibular, isso fica tão claro pra mim. Não é que eu seja indecisa na minha vida. Eu só não me aprofundo no que eu gosto. Porque eu gosto de coisas demais e acabo por ser superficial demais. Deve ser por isso que eu não me encontrei ainda. Ou, talvez, o problema não é que eu não saiba quem eu sou.
Talvez eu saiba. Mas não possa viver essa vida que eu queria.
Eu só queria que as coisas fossem um pouquinho mais fáceis pra mim. Então eu não teria que encarar a vida desse ponto de vista e não tentaria tanto evitar pensar demais.
Eu sei quem eu sou e eu sei o que quero.
Mas também sei que não vou poder ter o que quero.
Isso é tão Karla: querer o que não se pode ter.
A pior parte é que eu quero muito. Demais. Eu me sinto livre de verdade quando eu faço o que que gosto. É o momento onde eu sinto que nasci pra isso.
Mas eu não vou ser rica e feliz. Aparentemente, só é possível ter um dos dois. Será que dinheiro é realmente importante? No fim, eu vou acabar trabalhando num escritório chato, estressada com o trabalho, e com algum dinheiro.

Talvez eu não tenha nascido pra isso.
Talvez sonhos não se realizem.

domingo, 3 de março de 2013

that fucking day when we shared an ice cream. fuck.

sábado, 2 de março de 2013

De: Karla. Para: Karla.

Aquilo me incomoda, e você não faz nada pra mudar.
A culpa é toda sua, Karla. Só sua.
Reclame menos e aja, garota!
Ninguém pode viver sua vida por você.
Só você pode mudar a situação, afinal, você se colocou nela.
Tudo vai começar a melhorar quando você agir. Basta AGIR.
Pare de ficar procurando desculpas pra tudo. Faça as coisas acontecerem, merda!
Você pode. Sabe que pode. E só não faz, porque não quer.
Karla, eu te odeio por me fazer me sentir tão mal.
É bom você parar com isso e melhorar de vida logo. Porque eu vou ter que conviver com você pra sempre.
Merda.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Morte e Vida de Karla St.Baltar

Eu não tenho medo de morrer.
Sério.
Eu tenho medo é de morrer sem ter feito tudo o que eu queria fazer.
Existe uma lista tão grande de coisas que eu ainda não fiz.
O povo que anda comigo reclama demais, e que eu só tenho 16 anos, e que eu vou viver muito ainda... mas eu já me sinto tão... drenada agora.
Eu rezo pelos fins de semana como quem espera férias depois de seis meses de trabalho sem folga.
Estou morrendo de cansaço, sem vontade de fazer nada e eu nem fiz metade das coisas que eu queria fazer.
Na verdade, não chega a um décimo de tudo o que eu quero fazer antes de morrer.
Sei lá... tem coisas que eu nem sei que quero fazer ainda. Eu tenho muito pra viver.
E a ideia de morrer sem ter passado por todas as experiências possíveis me assusta. E muito.