domingo, 27 de março de 2016

THE BREAKUP AFTERMATH

No último mês eu:
-voltei pra faculdade
-virei o pé
-larguei um emprego de mais de um ano
-fui aprovada numa vaga de estágio
-voltei pra academia
-terminei um relacionamento de quase um ano
e, segundo dizem, o meu inferno astral só começa dia 1º de abril. E por mais que pareça, não, não é uma piada de dia da mentira.
Fato é que desde março do ano passado, eu fiz tanta coisa, eu realizei tanta coisa, eu aprendi tanto, eu mudei tanto, eu absorvi tanta coisa, que não dá pra ficar brava com o fim de uma era como essa. Se eu fizesse uma listinha tipo a do começo desse post pro período entre março/2015 e março/2016, ela seria todo o conteúdo desse post e ainda se encaixaria em post gigante.
O que importa mesmo, é que entre ossos inchados, olhos molhados e corações partidos, posso dizer que sobrevivi. E que cresci o suficiente pra aceitar que só dá pra melhorar quando a gente não é muito boa. E que tudo bem desistir de algo bom, porque em geral no futuro tem algo melhor. E que sofrimento não é eterno.

Vai doer. Tá doendo.
Mas como diria Cine: nunca ninguém morreu de amor.

terça-feira, 15 de março de 2016

O (em)Prego

meu relacionamento com a faculdade/carreira in a nutshell

Estive no mesmo emprego por um ano. O que incomoda não é o tempo, já que esse é um recorde e tudo o que eu quero é trabalhar a vida inteira no mesmo emprego DESDE QUE seja algo para o qual eu ligue ou ao menos me sinta mais importante fazendo-o.
O que incomoda é que esse não é o caso do emprego em questão.
I mean, eu me importo. Eu ligo, mesmo. Educação é um ramo ótimo para trabalhar e que está tragicamente defasado no Brasil, inclusive estou direcionando meus estudos para a economia da edução. Mas eu não sinto que esteja no lugar certo, então não estou fazendo o que exijo de meus professores e, consequentemente, passo dois terços do tempo pensando que poderia estar fazendo aquilo melhor ou deixando pra alguém melhor que eu fazer. E não estou. O que me deixa na verdade com a sensação de desperdício de tempo (o meu e dos outros envolvidos).
Porém existe um negócio chamado inércia, né? Nas aulas de física aprende-se que inércia é a tendência de um corpo a se manter parado ou em movimento desde que não haja nenhuma força agindo sobre ele. E o meu corpo, caso estejam se perguntando, está bem parado. O que significa que enquanto nenhuma força externa agir sobre moi, continuarei ali.
Insatisfeita. Com a já velha e conhecida sensação de que deveria estar fazendo outra coisa. Deveria estar estudando a economia da educação e não empatando a educação alheia. Deveria estar tentando encontrar um novo modelo econômico e revolucionar a macroeconomia e não cortando EVA. Não que cortar EVA seja menos importante (inclusive, pela inércia, é muito mais cômodo eu me manter cortando EVA, mantém as coisas 'tudo bem'), eu só não sou boa nisso.
(Se bem que, né, não sou muito boa em economia também.)
Me pergunto se a minha vontade de trabalhar ~na minha área~ também não seja só pela expressão na cara das pessoas ao descobrirem que eu, com essa cara de quem chora vendo Disney (sim) e que cai num terreno plano (sim), também tenho no cérebro argumentos para comentar a crise do euro e imperialismo americano (aparentemente, chorar em filmes da Disney anula sua capacidade mental de aprender sobre coisas ~sérias~ ¬¬). Não sei se me importo tanto assim com a economia do país ou eu só gosto mesmo é do direito de ser pedante porque me deram um nota boa (e discrepante com a realidade) na minha redação no enem, o que me garantiu uma vaga numa universidade renomada pra fazer um curso ~que importa~.
Desculpe-me ser prolixa.
O que estou querendo dizer é que estou insatisfeita e não fiz muito para ficar satisfeita porque o que eu imagino que me deixaria satisfeita parece bem mais difícil que a situação que me insatisfaz, y'know? Li em algum lugar na internet uma história sobre um cachorro sentado num prego e que não levantava porque não estava doendo o suficiente e acho que é mais ou menos isso que acontece na minha vida, sabe, tudo bem sentar num prego se estiver doendo tanto assim, se doesse eu já tinha levantado, ne? O problema é que eu nunca levanto. Preciso sempre que algo ou alguém venha me puxar pela mão me fazendo sair da zona de conforto(?).
E alguém e algo veio de novo.
E estou muito feliz com a oportunidade de levantar do prego.


PS: eu não postei em nenhum dia de fevereiro peço desculpa por tal. mas é que é muito mais dificil encontrar coisas sobre as quais deve-se escrever quando nem o emprego, nem a faculdade, estão me puxando de cima do prego.