sábado, 23 de fevereiro de 2013

A felicidade dos outros. E a minha também.

Uma está com o namorado.
A outra está no cinema.
Aquela lá está no show da banda favorita.
Ele está na cama da namorada.
O outro está correndo no parque.
O terceiro está assistindo seu time de futebol favorito no estádio.
Ela está tomando um sorvete com os amigos da faculdade.
Ele está jogando algum vídeo game estúpido (e, por isso, maravilhoso) com dragões no meio.
Eu estou na minha casa, olhando pro teto, comendo ou escutando crianças gritando.

Por que é tão mais fácil para os outros serem felizes?
Nada de legal acontece comigo. E talvez seja por isso que eu gosto tanto de ler livros, assistir séries, ouvir as histórias dos meus amigos e até ver vlogs no YouTube.
Porque nesses pequenos instantes em que eu estou vivendo outras vidas, coisas acontecem. Coisas que nunca aconteceriam na minha própria vida (algumas até aconteceriam. Se minha vida fosse completamente diferente). Coisas que eu sonho fazer, coisas que eu espero fazer, coisas que eu sei que não vou fazer.
Quando eu escuto a história dos meus amigos, eu fico absurdamente feliz por eles. Mais feliz do que eu geralmente me sinto com as coisas da minha vida. Eu fico muito, muito feliz mesmo por eles.
Mas acho que eu estou cansada de ficar feliz pelos outros. Acho que já está na hora de ser feliz por mim mesma. Sentir uma satisfação que venha de algo que aconteceu comigo e não com as pessoas que eu amo.
E o pior é que falar isso pra qualquer pessoa, ela vai, no mínimo, falar "Ah, Karla, você precisa sair, se relacionar com as pessoas, ir buscar sua felicidade". Porque é tão fácil pra todo mundo, que ninguém percebe que não é fácil pra mim. Ninguém entende que eu concordo que preciso sair, mas os lugares (e as pessoas neles) não me atraem. Essas mesmas pessoas que dizem que eu preciso sair, não me chama pra sair, porque a vida delas é legal demais pra eu estar envolvida.
A cada noite em que me deito pra dormir e percebo que no meu dia não aconteceu nada extraordinário, eu quero chorar. Cada fim de semana que passa num piscar de olhos sem que eu fale com qualquer ser humano da minha idade é um corte à mais na minha já não tão saudável mente.
Eu me sinto completamente perdida. Eu me sinto como se estivesse jogando minha vida fora.

Ás vezes eu esqueço disso, mas a verdade é que estou triste com minha vida. E que fico feliz quando vivo outra.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O sexo frágil. Ou não.

coudnt agree more.
Eu odeio ser uma garota.
Ok. Talvez eu não odeie ser uma garota. Afinal, há coisas muito legais sobre ser do sexo feminino.
Mas, sabe, cansa.
Isso vai soar muito fresca da minha parte, mas, sério, ser mulher cansa muito.
Pra começo de conversa, somos nós quem cuidamos da casa. Lavar, passar, cozinhar, trocar fralda... fala sério, já viu algum homem fazer isso direito sem a supervisão de uma mulher e dar certo? (okay, talvez, você já tenha visto, e isso é muito legal, mas estou falando da regra e não das excessões.). Além de menstruar, engravidar e amamentar. E, como se não bastasse, temos que fazer tudo e nos manter maquiadas, depiladas, hidratadas, magras e bonitas. O TEMPO TODO.
E, sabe, isso não seria exatamente um problema (ah, vai, é muito legal ficar horas no salão ou na frente do espelho ficando mais linda que o normal) se os homens tivessem o mesmo trabalho que a gente.
Por exemplo, ninguém espera que um cara saiba passar roupa. A ideia de uma mulher que não saiba passar roupa é recebida com risos e caras de espanto pelas pessoas. Ninguém vai se importar se um cara estiver com a barba grande. Mas um fio de sobrancelha fora do lugar é um escândalo em uma mulher.
Se eu fosse um garoto, ninguém ia ver problema em eu sair sem maquiagem de casa, ou pro fato de eu não saber cozinhar. Ninguém ligaria.
Aí, se as mulheres reclamam de qualquer coisa, somos tachadas de reclamonas, ou de estressadas, ou botam culpa na TPM (se uma mulher te xingar enquanto ela está na TPM, a culpa é sua. completamente. sério).
Mulheres vivem sobre pressão. Precisamos ser boa em tudo o que fazemos em cima do salto alto e sem deixar a maquiagem derreter.
Minha mãe arruma a casa, leva minha irmã pra escola, trabalha fora, faz comida e está sempre linda, mesmo quando ela fica doente. Quando meu pai (que só trabalha fora) fica doente, ele quase chama um padre. E quando minha mãe fica de mau humor, meu pai fica bravo com ela.
Nenhum homem sobreviveria 5 dias sob a pressão com a qual nos acostumamos.
Então, por favor, parem de chamar a mulher de 'sexo frágil'. Só porque temos menos massa muscular que vocês, não quer dizer que somos mais frágeis.
Afinal, a gente derruba qualquer - qualquer - homem com uma simples joelhada (:

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

E hoje eu parei pra pensar no quanto eu estava me controlando pra não erguer o braço e tocar seu cabelo. É.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

You met only once, but you liked each other. And you haven't talked in months. And when you see each other again, even if it's through a screen, you feel that kind of thing again. But you'll never say that out loud, because you're too scared to know what is on the other's mind. And, just like it appeared, it's gone. And the person who might be the love of your life is just somebody you met once. Or twice.


*essa é a história entre mim e um carinha aí. ele nem imagina que esse texto é pra ele (ou, pelo menos, assim espero). e talvez esse texto não seja realmente pra ele e, sim, pra mim. uma forma de eu me dizer que pessoas aparecem na minha vida por alguma razão e que eu não deveria deixá-las partir sem causar um impacto na vida delas.