quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

2015 Awards \o/

esse filme e essa mulher, sinceramente
ALERTA DE TEXTÃO E POSSÍVEIS SPOILERS NÃO INTENCIONAIS.
Ahoy internet!
Parece que o melhor ano da minha vida (até agora) tá acabando mesmo. E, como não podia de ser, a internet está recheada de lista de retrospectiva, dando prêmio para os melhores do ano, bem no estilo Faustão mesmo e quando nessa vida Karla vai perder a oportunidade de fazer uma lista, lista de retrospectiva de fim de ano ainda, omg! Infelizmente, vai ser uma lista muito difícil de fazer porque, aparentemente, não gostei de muita coisa esse ano???? Não sei se porque estive muito distraída com um zilhão de outras coisas (OBRIGADA 2015, YOU ROCK), mas parece que toda cultura que eu absorvi esse ano foi meio meh. Poucas coisas na ficção me empolgaram mesmo e isso está partindo de euzinha sim, Karla Baltar, rainha da empolgação. Mas ainda há ressalvas a se fazer, pois nem tudo é ruim nessa vida, afinal, estamos falando do melhor ano da minha vida (até agora).
Pra começar bem, vou explicar logo a imagem do post de hoje: Lucy. Que filme, senhoras e senhores. De longe o meu filme favorito do ano (apesar de ser de 2014). Scarlett Johansson forte candidata a rainha do mundo nesse filme, e é mais ou menos o que acontece no final mesmo (ops).
Bem perto de Lucy ficou Inception, que, gente, alguém me ajuda, que filme bom. Até hoje me pego pensando nele e com vontade de assistir de novo pra ver se eu entendi tudinho mesmo. Não vou me prolongar muito porque tem um post quase só pra ele, mas sim, assistam!!!! É por causa de filmes como esses que ficção científica é provavelmente meu gênero favorito pra tudo nessa vida.
Falando nisso, tenho que dar os parabéns a JJ Abrams pelo maravilhoso Star Wars: The Force Awakens, que teve direito a personagens novos, personagens antigos, todo o estilinho dos outros filmes (segundo ouvi por aí, já que não vi os outros) e, atenção, uma protagonista feminina e um negro num papel importante. Filme de deixar felizinho mesmo assim, sair sorrindo da sala do cinema porque foi divertido. Deixo o selo de saí sorrindo da sala também pra Mad Max: Fury Road, que me deixou feliz e empolgadona de verdade, com mulheres fodonas e muita explosão e deserto e tudo, já me empolgo de novo só de lembrar.
Menção honrosa pra The First Time, com Dylan amorzinho O'Brien; The Little Death, que eu assisti nos quarenta e cinco do segundo tempo de 2015; Fight Club em seu aniversário de dezesseis anos; Relatos Savajes (post sobre como eu amo sair do cinema hollywoodiano de vez em quando!); e Begin Again, que esquentou meu coração.
E, é com pesar que digo: provavelmente os filmes me empolgaram mais que os livros esse ano. Talvez porque li pouco por diversão (vinte e sete, incluindo quatro ebooks de menos de cem páginas da época que eu tinha o Kobo pra Android), ou porque não conseguia me concentrar direito em nada que eu lia, foi um ano bem fraquinho em questão de literatura.
Estou preocupadíssima que o meu livro favorito do ano tenha sido Garota Exemplar, da Gillian Flynn, porque, sinceramente nem gostei tanto assim dele, mas consigo enxergar o quão bem feito e inteligente o livro é. É muito bom mesmo, no caso, mas não me absorveu tanto quanto eu queria. Talvez minhas expectativas estivessem muito altas.
Assim como quando eu li Feita de Fumaça e Osso, da Laini Taylor, que estava sendo bem legal até o último terço do livro e me deixou frustrada toda aquela mitologia e parece que a protagonista perde o que eu mais gostava nela. Comprei por R$9,90 na Bienal, bem como os outros dois da trilogia, então pode ser que melhore. Mas a escrita de Taylor é muito boa.
Mitologia e escrita boa mesmo é a de Elena P Melodia, autora da trilogia My Land composta de Escuridão, Sombra e Luz. Reli os dois primeiros esse ano pra lembrar da história poder ler o último. Livros bons, muito bons e claramente não americanos (a autora é italiana). Tem cena de arrepiar a espinha e de embrulhar o estômago. Thumbs up.
Gostei muito também de Fahrenheit 451, do Ray Bradbury, e de Tão Ontem, do Scott Westerfeld, que estão juntos por serem as únicas distopias lidas no ano, o que é meio frustrante porque gosto muito de distopias. O primeiro é clássico, tem cara de clássico, mas é bem mais leve que as distopias da época (saudades 1984). O segundo é young adult no melhor estilo young adult, com amorzinho e muita adrenalina e celulares que fazem tudo e uma menina careca.
As menções honrosas da literatura ficam na mão da queridinha Paula Pimenta por Minha Vida Fora de Série: 3ª Temporada, e com o queridinho Marcelo Rubens Paiva por Malu de Bicicleta (filme ainda por assistir, meta de 2016).
No mundo da música, fiquei, de novo, com as músicas pré-2015, mas que só me ganharam esse ano. Ainda estou presa em 1989 de Tay Sufite (o maravilhoso clipe da maravilhosa Style não ajudou a superar esse álbum claramente) e nem a saída de Zayn e o lançamento de Made in the AM me libertaram de Four (será que essa boyband vai me largar um dia?).
Mas esse ano, por causa de ~certa pessoa~, escutei muita música brasileira. Tipo Tulipa Ruiz, que parece estar em todos os cantos da minha vida agora, desde um show em março. Segundo meu celular, a música que mais ouvi dela esse ano foi Víbora, e foi mesmo. Mas tem uma música do último álbum dela, chamada Virou, que tem estado muito no meu coração. E Só Sei Dançar com Você, puta que pariu, que música!
Também na leva brasileira, escutei muito Los Hermanos, banda que não tinha descido pela minha garganta até a ~certa pessoa~ já mencionada me mandar Casa Pré-Fabricada pra ouvir e dizer que tinha "a ver com a gente". Daí eu baixei a discografia toda e fui ouvindo uma por uma, até me dar conta de que, de alguma forma eu estava finalmente gostando de LH, surpreendentemente, contra todas as expectativas. Destaque pra Sentimental sendo cantada por ~certa pessoa~ num dia especialmente especial, Todo Carnaval Tem Seu Fim pela letra e Pois É, por razões de Apenas Um Fim (aka meu filme brasileiro favorito).
Já ouviram Los Porongas? Parece que eu sou a única pessoa no meu círculo social que sabe da existência dessa banda, que é muito boa mesmo. Realmente, um ano bom pra Karla e música brasileira. Minha favorita é Como o Sol, provavelmente, mas Tudo ao Contrário chega bem perto. E Nada Além é muito boa também.
Sei que vocês querem saber o que achei de Made in the AM, o primeiro álbum One Direction sem Zayn, e achei ótimo. Eu já disse ali em cima que ainda estou presa em Four e todos os feels (Stockholm Syndrome ainda bate uma onda forte e Fool's Gold ainda é um tapa na cara toda vez), mas MitAM também tem muitos feels, tipo Perfect (que aliás tem um clipe ótimo) e I Want to Write You a Song, que dá vontade de pegar um cobertor e dormir. Fora as músicas upbeat que dá vontade de dançar ou agarrar alguém (sim, Temporary Fix e Never Enough, estou falando de vocês). Minha favorita do álbum agora é End of the Day (mas já foi History, nunca saberemos sobre o amanhã).
Tenho ouvindo mais Bruno Mars e Arctic Monkeys que o normal, que já não era pouco. Alô Gorilla e suas zilhões de reproduções nos últimos meses (e Uptown Funk, que não é do Bruninho, mas eu acho que sim). Oi pra você também The Hellcat Spangled, a primeira que eu ouvi da banda e claramente ainda não superada (e Suck It and See, e Cornerstone e Do I Wanna Know, sim, ainda). Escutei muito o álbum Froot de Marina and Diamonds, principalmente Savages e Blue, o que me arrastou de volta pra músicas anteriores a esse cd, como é o caso de Bubblegum Bitch e Homewrecker. E também ouvi muito o último cd da Sia, 1000 Forms of Fear, só por causa de Elastic Heart, assumo, mas me abriu os olhos (os ouvidos?) para Burn the Pages e Fire Meet Gasoline.
E tem também a clássica sessão one-hit-only: Cool For The Summer, que me fez esperar um álbum do caralho de Demi Lovato, mas não; Love Me Harder, que quase me fez gostar de Ariana Grande, mas não; Can't Feel My Face, a única coisa do The Weeknd que eu gosto que não é featuring; Contato Imediato, que não é de 2015 e que só é one-hit-only porque sempre esqueço de ir procurar mais coisa do Arnaldo Antunes; Passa e Fica, no caso Scracho já passou (RIP), mas essa música ficou; e, surpreendentemente, também nos últimos minutos do ano, Sorry, do Justin Bieber, cujo álbum disseram ser o melhor dele, porém não.
E, pra terminar, meu divertimento favorito esse ano foram as séries. Pelo menos elas me empolgaram de verdade verdadeira esse ano.
Vamos falar de novo de How To Get Away With Murder, que está no rinque com Doctor Who pra ver quem ganha o cinturão de Favorita da Karla. A segunda temporada esteve meio forçadinha, e estamos querendo matar todos os personagens, porque estão todos chatinhos agora, mas dane-se, porque ainda está fucking inteligente e nem sei se vou sobreviver ao fim dessa temporada sinceramente. ASSISTÃO.
American Horror Story: Hotel está sendo TÃO BOA que até estou surpresa, já que não consegui ir além com nenhuma das outras temporadas e só comecei essa por causa de Lady Gaga, e muito provavelmente é por ela que fiquei, já que ela é uma das protagonistas e toda vez que ela entra em cena tudo fica tão melhor. A história está realmente muito boa e está dando medo de verdade (CHUPA FREAK SHOW). Tá sendo ótimo, manda mais que tá pouco.
Acho que já falei isso antes, mas Netflix sabe o que está fazendo. Se tem alguém que ainda não se convenceu disso ainda devia assistir Marvel's Jessica Jones, que tem uma história meio fraca num geral, mas é extremamente bem montada, tem personagens fodas e cenas incríveis. Não tem o melhor dos finales e provavelmente não terá segunda temporada, mas foi uma temporada muito boa, então estou relevando isso.
Quem já tem segunda temporada confirmada pela Netflix é Sense8, minha queridinha do ano, com sete personagens apaixonantes e uma que só atrapalha (você sim, Riley, nem se esconde), e aquela filmagem de bater palmas pra Netflix (que, eu juro, não me pagou pra fazer esse post, infelizmente). É talvez a série melhor produzida que eu assisti esse ano, apesar de todos seus problemas (que não são poucos, mas a série é tão boa, que, né).
Agora vem um banho de sitcom, porque sitcom é vida, rapidinha de ver, dá pra engolir cinquenta deles mesmo fazendo faculdade e trabalhando. Por exemplo, Faking It, grande amorzinho da minha MTV, sempre ótima em sitcom adolescente (um beijo pra falecida My Life as Liz). Eu esperava pelo finale da primeira temporada que a segunda fosse ficar forçada, mas foi muito boa. 2015 foi ótimo pra FI. E pra You're the Worst também, que tem um post inacabado largado nos rascunhos desde o finale da segunda temporada, mas que nunca consegui escrever sobre, porque é uma série tão boa, tão tão boa... Quem sabe algum dia sai (dá tempo ir ver as duas temporadas antes de eu conseguir escrever um post digno dessa série)... Assistam também Unbreakable Kimmy Schmidt e Master of None pra vocês enenderem o que eu quero dizer quando digo que a Netflix sabe o que está fazendo, por favor. Séries meio parecidas e totalmente diferentes, mas ambas heartwarming e sensacionais. E tem Young and Hungry que só melhora a cada episódio, mas que ninguém dá a devida atenção à ela. E pra terminar, tem GirlsNew Girl, que não tiveram nenhuma participação muito grande na minha vida esse ano, mas que amo tanto que não pude deixar de citá-las.
UFA! Parecia que esse texto não ia acabar hoje, que absurdo. Será que 2016 vai me forçar a fazer um maior ainda que esse? O.O Espero que 2016 me dê mais cultura empolgante pra consumir, mas prometo dividir em vários posts ano que vem hehe.
Vejo vocês em 2016?!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

The First Time aka estou me dispondo a escrever à uma da manhã porque claramente não sei lidar com esse filme


Então é natal.... e o que você fez?
Well, claramente não me organizei o suficiente pra fazer uma programação de natal decente, mas achei tempo pra The First Time, um filme que já estava no meu radar há algum tempo e que, não, hã-hã, não tem nada de natalino.
Porém, são duas da manhã e eu não acho que vou sobreviver se não escrever agora todos os feels que estão aqui dentro, porque meu jesus cristinho, que filme amor. Also, esse texto pode vir a fazer zero sentido, dada as duas informações citadas nesse parágrafo.
The First Time conta a história de Dave e Aubrey, que se conhecem numa festa e se apaixonam. E, sim, dá pra ver pelo título que eles perdem a virgindade em algum ponto, mas não façamos um big deal out of it, porque o filme em si não faz.
E pode parecer uma historinha bobinha, e talvez até seja, mas o quão bem feito esse filme é, não tá no gibi. Entre a atuação e a trilha sonora e - goddamn - o roteiro, tudo tá tão belamente organizado nesse filme que uma história bobinha batida que todo mundo já viu me deixou apaixonada.
A atenção com os personagens secundários e a forma de tratar o assunto sexo e relacionamentos na adolescência e all that jazz é tão heart-warming que eu nem  me identifiquei tanto assim com a história (aparentemente minha primeira vez foi um ponto muito fora da curva das outras por aí), mas não tô conseguindo me expressar direito sobre o quanto gostei disso
Meu ponto é: assista The First Time. E, melhor ainda, vá com dois pés atrás. Encare como se fosse a história bobinha batida que todo mundo já conhece. O tapa na cara do quão incrivelmente bem feito é esse filme vai ser ainda melhor. E daí eu não serei a única a querer guardar nesse filme num quartinho fechado dentro do meu coração.

Ah, e é: Feliz Natal :)

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

3 coisas

daqui.

3 coisas que mal posso esperar
o fim do semestre
30 de dezembro
meu diploma

3 coisas que me dão medo
fim de relacionamentos
provas de história
caras me encarando na rua

3 coisas que me dão preguiça
aulas de história
dar aulas às oito da manhã
pegar ônibus

3 coisas que eu gosto
dormir
calor
beijo no pescoço

3 cheiros que eu gosto
café
pescoço do ~minino~
vinho

3 cheiros que eu não gosto
leite quente
dobradinha e/ou buchada
hidratante x que minha mãe comprou

3 comidas GIMME MORE
strogonoff de frango
pudim de leite de mamãe
sorvete de café

3 redes sociais favoritas
Twitter
Tumblr
Instagram

3 bebidas favoritas
vinho
suco natural de laranja
cappuccino (cheio) de canela

3 coisas que eu quero fazer
morar no exterior
curso de francês
aulas de teatro e/ou dança

3 coisas que eu deveria fazer
trabalho de de ecopol
academia
guardar dinheiro

3 coisas que eu sei fazer
falar inglês
maximizar utilidade do consumidor sujeita a restrição orçamentária (oi?)
drama

3 coisas que eu não sei fazer
ficar de boa
equilíbrio de Walras
disfarçar emoções

3 coisas que estão na minha cabeça
o ~minino~
faculdade
férias

3 assuntos de que eu falo bastante
séries de tv
filmes
o péssimo estado da minha vida acadêmica

3 coisas que eu quero
dinheiro
me formar
viajar

3 coisas que me acalmam
abraço
beijo
dormir

3 coisas que me estressam
faculdade
trabalho
trânsito

3 coisas que vou fazer essa semana
seminário
prova
chorar

3 coisas que fiz semana passada
chorei
dormi agarrada
comi pudim

sábado, 7 de novembro de 2015

Essena O'Neill e um monte de questionamento

NÃO HÁ NADA REAL SOBRE ISSO (?)
Existe essa menina, de quem eu nunca tinha ouvido falar e que, de primeira, ignorei completamente por ser exatamente o tipo de guria que eu ignoro na internet, mas Essena O'Neill é uma garota de 18 para 19 anos que fez toda sua adolescência na rede social. Desde bem novinha, ela vinha tentando conseguir muito views e seguidores e tudo o mais que conseguisse da internet porque ela sentia que aquilo iria preencher um vazio que ela sentia quando novinha e, well, deu mais certo que o esperado, aparentemente, pois com a minha idade, ela já faz(ia?) muito dinheiro só sendo linda na internet. Nas últimas semanas, Essena começou a editar as legendas das fotos do Instagram super badalado (mais de 700 mil!!!!!) dela contando a realidade por trás das fotos perfeitas. Legendas que vão por aqui, aqui, aqui e daí pra pior.
Esse mês, ela saiu das redes sociais todas, matou o Instagram, o canal no YouTube, sumiu (bom, mais ou menos, ela meio que tem um blog? e um canal no Vimeo? idk). Antes de desistir, Essena fez um vídeo bastante emocionado (em inglês), contando como tudo aconteceu e porque ela estava desistindo de tudo. Basicamente, o que ela diz é que, vivendo pra rede social do jeito que ela estava, a distinção entre quem ela era na vida real e quem ela era nas fotos do Instagram ficou meio borrada e ela não via mais graça em nada que não fosse mais seguidores, mais likes, mais views. E a parte offline da vida dela passou a girar em torno de aumentar o números da vida online. Então tudo o que ela mostrava na internet era de mentira, era um esforço enorme para ser digna desses números, que não era mais verdade.
E quando você se esforça tanto pra ser alguém, você não é mais quem você nasceu.
Rede social é manipulável. Você decide o que, como e quando as coisas saem por aí (aqui?). Não tem essa de vazar foto, vazar vídeo, vazar álbum. Alguém postou ali com algum intuito. Não adianta encher a boca pra dizer que não, que não liga. Você posta fotos na internet pra mostrar pra alguém (se não fosse, na moral, você ia jogar num desses sites de armazenamento na nuvem e fim). Por ser tão altamente manipulável e dependente da ação de pessoas, as coisas saíram do controle de Essena.
E eu tento imaginar o quanto dessas celebs de rede social deve estar perdendo o controle também, exatamente como ela. Esse negócio de fazer dinheiro com a internet levou a coisa a tão outro nível assim? Será que é tão relevante assim ser bonita e ter visualizações online, a ponto de pagarem alguém por isso? E a ponto de colocar a vida de alguém em segundo plano? E, se for ó tão relevante assim, quem não se encaixa no padrão "loira-magra-linda" é irrelevante na internet? E meu interesse em youtubers que não falam de beleza/moda/"saúde", se encaixa aonde?
O que é que aconteceu com a internet baseada em inutilidades? Com o verbo 'blogar'? Ah, esse eu sei, virou 'produzir conteúdo'. PRODUZIR CONTEÚDO, GENTE. EM BLOG. Eu não sei.
Sobre a O'Neill, respeito muito a decisão dela de sair da internet, mas mais porque isso prova que ela não estava só querendo ainda mais atenção na internet do que pelo que ela acredita de fato. Porque ela acabou sendo engolida pela endinheiração da internet, sim, mas ela podia ter parado antes de fazer mal. Foi o que a Noelle fez. Foi o que eu fiz ao excluir todos os blogs antes desse. Não que eu sofresse a mesma pressão da Essena (NOT AT ALL HAHAHHAHAH), mas eu paro quando começa a fazer mal. Não boto pressão em mim mesma quando se trata de internet, porque isso não é tão grande assim. E se Essena não consegue discernir isso ainda, e usar as redes sociais da melhor forma possível (e isso inclui ganhar dinheiro também), é melhor ela se manter afastada mesmo.
Enquanto isso, eu fico aqui, felizinha com minhas cinco visualizações semanais, meus doze likes por foto no Instagram e sem pressão nenhuma pra ser alguém na internet que eu não sou na vida real. Com certeza, mais felizinha offline que Essena O'Neill agora.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Crise de quem não estudou no feriado


Hoje é 12 de Outubro. Dia das crianças, dia de Nossa Senhora Aparecida, feriadão prolongado. Isso significa que minhas primas estavam aqui em casa. E que eu dediquei meu precioso fim de semana de dois dias (trabalhar aos sábados faz isso com a gente) para curtir e relaxar com elas. Nos divertimos bastante, obrigada, de nada.
Mas
Eu não li uma linha de três capítulos de certo livro para certa prova na próxima sexta-feira. Eu não terminei a fucking lista de microeconomia, de novo. Não fiz minhas sobrancelhas. Não li os textos que um professor me mandou sobre meu possível tema de monografia. Não fiz nada que não envolvesse necessidades fisiológicas e rir. Sério.
E a bad tá batendo com muita força porque eu só ganho mais trabalho lá na firma. Não estou reclamando, longe de mim, eu adoro fazer o que faço. Mas pra dar conta do meu trabalho, eu preciso matar a faculdade. Estou num ponto de ler dez páginas de um texto aleatório que não serve pra nada e considerar isso o maior sucesso da semana. E pra dar conta da faculdade, mato meus fins de semana domingos. Aham, tá indo por esse caminho mesmo que você tá pensando: e o zamigo?

e esse é o diagrama mais exato de toda a internet
Eu não sei quantos rolês já foram desmarcados pra que eu pudesse estudar. Minha melhor amiga, meu melhor amigo, o boy, minha irmã... tá todo mundo em segundo plano porque, well,  EU NÃO SEI ME ORGANIZAR. EU SOU A PIOR PESSOA DO MUNDO. EU TENHO 3 COISAS SÓ PRA FAZER E NÃO CONSIGO. (ah, é claro, estou contando três coisas porque não quero falar sobre o fracasso da academia, deixa isso pra outro post)
Eu sou incapaz de fazer tudo o que tenho que fazer com a excelência que sei que posso fazer. Eu não sei me multiplicar, só me dividir. Tenho um total de 100 atenções pra dar, se eu der 50 pro trabalho, só vai sobrar 50 pra faculdade e vida social. Mas, claramente, não dá pra fazer faculdade direito só com 25 da minha atenção. Daí lá se vão 35, se eu quiser ao menos passar. Eu tenho só 15 pra ser filha, irmã, amiga, prima, lover, xóven... Por isso, em geral, eu não dou o tanto de atenção que deveria pra nada, porque eu não quero abrir mão da minha parte favorita da vida, que é sim ser filha, irmã, amiga, prima, lover, xóven... Não quero que a parte teacher e aluna de mim oprima todo o resto.
Eu sou um ser humano, sabe?
Meu chefe tem uma mania terrível de mandar eu ser ó amiga dos meus alunos, e acompanhá-los passo a passo, e cobrar lição todos os dias, e ser a teacher perfeita. Eu não tenho tempo de ser a teacher perfeita. Não se eu quiser ser outra coisa que além de teacher.
Minhas notas na faculdade só afundam. Eu não sei nada de nada de matéria nenhuma, tô afundando em lama, me movendo em areia movediça, e todos os textos e trabalhos a serem feitos ficando de lado e eu não sei o que fazer, porque se analisar-mos friamente a situação, eu tenho tenho de resolver isso ainda, MAS EU NÃO TO CONSEGUINDO ANALISAR FUCKING NADA FRIAMENTE ULTIMAMENTE.
Enquanto isso, me sinto culpada por estar ou não curtindo meus amigos e sendo uma pessoa normal de dezenove anos porque, bem, estar com eles significa que não estou estudando e não estar com eles significa que eu não dou valor a o quanto meus amigos são incríveis.
Eu sou uma bosta.
Esse texto está maior do que eu esperava de um desabafo culpado de quem passou domingo e feriado morgando no Snapchat da prima (desisti do meu, viu, eu estava certa, é um app completamente desnecessário) ao invés de estudar para, não uma, mas DUAS provas que terei essa semana.
Desculpem por isso.
Até.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Setembro de 2015: um resumão.

Obs: não ignore o aumentativo no título

Hoje completou 37 dias desde o último post. Fiquei assustadíssima quando me dei conta disso porque não tinha percebido o passar do tempo assim. Setembro passou num piscar de olhos. Desde o finzinho que agosto que tento fazer um post decente pro blog, mas não conseguia sentar e pensar numa forma de escrever. Todo dia abrindo o Blogger e encarando a caixa branca sem sentir o texto fluindo, apagando toda a primeira linha antes que ela virasse duas. Fui deixando todas as ideias de post pra lá, largando de mão, igual eu estou fazendo com, well, a faculdade, que não consigo lidar porque sou completamente desorganizada com tempo e prazos. Quinta feira que vem já é outubro e eu não sei o que estava fazendo da vida esse mês. Na verdade, sei: nada. E tudo.


~tremendo igual vara verde~
Comecei bem no primeiro fim de semana do mês nove: estive na Cidade Maravilhosa no feriado da Independência com uma das minhas melhores amigas pra curtir a vida adoidado.
No sábado de manhã estive na Bienal do Rio, que é bem melhor que a de São Paulo em questão de espaço, mas de resto é quase que a mesma coisa. Tirei foto de tiete com David Nichols sim, fiz papel ridículo nas dez horas de fila sim, gastei horrores, mas valeu pena cada momento de agonia por esse momento aí à esquerda.

claramente, Garota de Ipanema é sobre mim
No domingo, fui pra um rolê mais de turista, com direito a circuito mundial de vôlei (que eu não vi, porque, gente, que fila era aquela, credo) em Copacabana, um mar gelado num dia não muito quente de fim de inverno, sessão de fotos absurdas com um super poster de Narcos (ASSISTAM NARCOS GENTS) no metrô, garoas paulistas inesperadas no lindo Rio de Janeiro, foto com o Pão de Açúcar, foto do Cristo, foto na(s) Pedra(s) do Pontal no Recreio e até foto de namoro com Tom Jobim em Ipanema, mas sem direito a por-do-sol no Arpoador, porque, bem, estava ~chovendo~. Que decepção, Cidade Maravilhosa, que decepção.

"Bia, vamo pro Nordeste?"
eu, antes mesmo de sair do Rio
Ok, ok, nada de decepção. Na verdade, só surpresas. Se tem
uma coisa que eu aprendi nessa viagem é que o Rio de Janeiro não está se gabando ao se apelidar de Cidade Maravilhosa, esse título é bem mais que merecido. Essa cidade é tão absurdamente linda, em tantos detalhes, que eu ainda estou abismadíssima, quase um mês depois. Nos gabando estamos nós, paulistas, enchendo a boca pra dizer São Paulo é melhor que o Rio só por orgulho. Nenhum lugar de São Paulo é tão bonito quanto as maravilhosas montanhas que circundam a cidade litorânea. Fora a companhia, melhor companhia de todas <3

Voltei pra São Paulo dia 8 de manhã sem saber muito bem como lidar com a vida ainda, o mundo se acabando em chuva, e Karla completamente desnorteada, direto pro trabalho, mas sem saber ainda lidar com a rotina.
Sensação que, diga-se de passagem, ainda perdura. Não voltei ainda pra rotina, que está acontecendo, mas não está passando por mim; como se eu estivesse fazendo as coisas num ritmo e elas acontecendo em outro. Eu estou tão perdida nos acontecimentos de setembro que nem consegui atualizar o Skoob com os livros da Bienal ainda.
No primeiro fim de semana depois do feriado eu passei o domingo todo encarando a vida e pensando "meu deus, não vai dar pra fazer nada" ao invés de, de fato, fazer alguma coisa. Passou-se então mais uma semana que eu nem vi, fazendo tudo no piloto automático, indo pras aulas meio emburrada porque minha grade e as dos meus amigos batem muito pouco esse semestre.

Olha essas pessoas.
São as melhores pessoas.
Quinze dias depois do Rio de Janeiro, lá vou-me eu com ~ozamigo~ para a casa de um deles em Mongaguá curtir uma domingueira porque São Paulo parece um forno ligado no máximo desde o dilúvio do dia oito. E, olha, se tem uma coisa que eu amo mesmo nessa vida são os meus amigos. Foi bem pouco tempo, talvez só umas vinte e quatro horas. Mas foi o suficiente pra saber que, apesar dos pesares, dos julgamentos, da zoera, dos pontos altos e baixos da vida e do saldo bancário, se eu estiver com eles, estarei bem.


No meio do caminho de tudo isso, estou tentando ler A Teoria Geral do Keynes, também conhecido como um dos três pilares do meu curso de economia, sem muito sucesso, enquanto minha pilha de livros de diversão me encara com tanta vontade e a fall season trazendo minhas séries de volta de um hiato sofrido e uma lista enorme de exercícios de microeconomia que eu devia estar resolvendo e... eu não estou fazendo nada. 

Eu não tenho tempo teoricamente de descer a serra e curtir um domingo ~free~ na praia. Tecnicamente, devia ter passado o domingo lendo um texto para escrever um trabalho de economia política, devia passar minhas tardes "livres" por conta de uma certa bateria de palestras na faculdade pra estudar em casa, mas tô assistindo videos no YouTube, lendo Poderosa 4 (que comprei por uma barganha maravilhosa de 15 reais num sebo) ao invés de Keynes e escrevendo no blog ao invés do já mencionado trabalho.
Setembro é parte de um 2015 que está sendo o melhor ano da minha vida em tantos sentidos, mas que me desestabilizou em vários sentidos também. Estou me sentindo na beira de um precipício, de onde a vista é linda, mas que qualquer deslize causa a morte, sabe? Não sei. Está tudo maluco, e eu estou completamente perdida, mas, nossa, que delícia de mês <3

terça-feira, 18 de agosto de 2015

let's get high


Lembra quando Taylor Swift perguntou se a brisa valia a dor?
Queria acreditar que não, mas tenho lá minhas dúvidas.
É bastante óbvio e previsível achar que nenhuma felicidade baseada na dor possa ser válida, mas vai dizer isso pra um masoquista. Fora o fato de que eu acho que em maior ou menor grau, todos somos meio masoquistas.
Não que todos saímos por aí nos mutilando e ou pedindo para outros nos machucarem, mas a gente sai por aí se jogando em montanhas russas só pela sensação de talvez-eu-caia. E, na moral, essa é uma sensação bastante viciante.
Meu professor de Microeconomia disse que, em algum nível, somos todos aversos ao risco. Mas acho que somos todos mais ou menos propensos ao risco. O que estamos dispostos a arriscar pelo ganho varia, mas estamos sempre dispostos a arriscar.
Não importa o cagaço, não importa o quão ruim pode dar e não importa se posso me machucar. Eu vou.
Eu tinha medo, não tenho mais.
Mesmo que dê muito ruim e doa demais e eu chore meus olhos pra fora, a dor também ajuda. Faz crescer, cria caráter, ensina. Só dá pra aprender errando e erro machuca.
Mas também tem aquela porcentagem de dar certo, né?! E não ter arriscado seria um arrependimento.
Porque pode doer e também pode ser completamente maravilhoso.
Porque pode ser lindo e pode ser terrível.
Porque nas duas situações, existe aprendizado e crescimento.
Porque, Taytay, the high IS worth the pain.

domingo, 9 de agosto de 2015

Nunca?

Já dizia o famoso pensador contemporâneo: never say never
Eu posso fazer uma lista enorme de coisas que amei e que não ligo mais, e posso fazer uma lista maior ainda sobre as coisas para as quais dei língua e careta e banana (aquela com os braços, não a fruta) e depois, com a rabo entre as pernas e a cabeça abaixada, disse "ah, to curtindo". O exemplo mais clássico que eu posso lembrar agora é One Direction que, uau, como é que algum dia pude dizer que não gostava deles, meu deus?!
Essa semana aí eu fiz DUAS coisas que prometi não fazer: fui sugada pra dentro do Snapchat e coloquei uma foto com bordas do Instasize no perfil do Facebook. Porque, em geral, eu sempre acho que a internet está overreacting sobre tudo, e eu nunca enxergo a absoluta necessidade que algumas pessoas vêm em certas coisas (o que, sinceramente, é a maior hipocrisia da minha vida, porque eu overreajo a tudo o tempo todo).
Sempre achei o Instasize meio desnecessário, coisa de quem queria colocar foto de corpo inteiro no Instagram e ter mais likes e sempre fui relutante ao aplicativo por muito tempo, mas daí numa certa selfie xis, me deixei levar e aceitei que, ok, talvez não tão inútil assim. E eu usei várias vezes depois. E mesmo que meu coração tenha aberto ao uso do dito cujo no Instagram, eu ainda franzia o lábio pra fotos no perfil do Facebook e do WhatsApp com as bordas/fundos. Até que eu tirei uma foto que não encaixava de jeito maneira na miniatura do Facebook, mas era uma foto tão boa e eu fiquei "ai meudeus, não acredito que to fazendo isso" e fim, tá lá. Com borda preta e filtro do Instasize.
Mas em nenhum momento durante esse recente boom do Snapchat me imaginei usando o mesmo. Nunquinha mesmo. Porque se tem uma coisa que eu odeio nessa era digital é gente que apaga foto, por quaisquer razões que seja, não tô nem aí se você espirrou na hora, NÃO APAGA MEU BEM. Então eu guardei no coração a certeza de que o Snapchat tinha sido o aplicativo mais inútil já inventado e que nem pra ser secreto valia, porque todos poderiam tirar print e, well, pra isso a gente pode mandar no WhatsApp mesmo. Mas aí tá todo mundo usando. Tem essas pessoas que eu amo na internet e que vira e mexe dizem "se você me acompanha no snap você já sabe dessa novidade que eu vou contar para pessoas atrasadas na internet que não estão lá". E eis que, bem, se digitarem cadebaltar na barra de pesquisa do Snapchat, é possível me encontrar. É provável que eu não tenha foto nenhuma, mas, sei lá, né, gente, já criei a conta, já segui/adicionei (nem sei qual termo cêis usam nessa ~rede social~) meio mundo, daí pra começar a postar vídeo dizendo "socorro que tédio" não deve demorar muito.
Fato é que, nessa longa estrada da vida, eu já devo ter negado um zilhão de coisas. Já declarei ódio a uma população inteira. Já jurei de pé junto que não faria isso ou deixaria aquilo acontecer. A parte boa é que aprendi, em algum ponto, que não dá pra prever o futuro. Não dá pra dizer o que vai acontecer amanhã, que dirá daqui a seis meses, que dirá daqui a seis anos. Dizer que algo ~nunca~ vai acontecer é muito pesado. Nunca é uma palavra muito definitiva, imutável. E que raios nesse mundo inteirinho é imutável, pelo amor de Deus???
Vamos evitar a palavrinha 'nunca' quando nos referirmos ao futuro, porque, obviamente, não dá certo e parece que atrai aquilo que prometemos não fazer. Vamos só dizer que isso não aconteceria 'hoje'. Afinal, se Karla está no Snapchat, minha gente, significa que há poucas coisas impossíveis nesse mundo.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Cinestésica


Existe uma teoria da psiconeurologia (olha, talvez não seja esse campo mesmo que estuda, e eu nem sei se essa palavra existe mesmo...? UPDATE: o termo certo é neuropsicologia, aprendi) que divide as pessoas em três perfis representacionais - visual, auditivo e cinestésico - baseados no funcionamento do seu cérebro, como este reage aos estímulos externos e o quanto isso interfere na sua personalidade e forma de se comunicar com o mundo.
Fiz um teste esses dias e meu resultado, como se pode notar pelo título, foi que eu sou esmagadoramente cinestésica. Mais da metade de mim se encaixa no perfil mais ~crazyney~.
É a galera dos eventos, da bagunça. Os esquecidos, os desorganizados. A pessoa que vai fazer um bom trabalho, mas nunca o melhor, pois pra eles o geral é mais palpável que os detalhes. É o professor legal, que fala de tudo, dá risada, mas que não consegue terminar a aula em tempo.
Cinestésicos não conseguem ficar parados por muito tempo, é a pessoa que senta e muda de posição sete vezes, porque não consegue ficar parado, mas também porque o conforto é sempre prioridade. E a gente morde tampa de caneta e faz anotação durante a aula só pra ter o que fazer (porque nunca vai reler aquelas anotações mesmo) e mexe no cabelo e come sem parar. Pessoas que, em geral, falam normalmente, mas quando existe emoção, aí a história muda e vira, uau, uma peça de teatro, com expressões e vozes e muitos gestos e dramacidade. Aliás, provavelmente usariam a palavra "dramático" para descrever um cinestésico.
As pessoas cinestésicas, dizem, reagem mais ao sentido do tato, tendo maior facilidade para lidar com pessoas, "socialmente orientados". Somos pessoas que ao fechar os olhos e imaginar a praia, temos maior tendência a sentir a areia nos pés que de ouvir as ondas, por exemplo. É um grupo muito do toque, adora falar pegando nas pessoas, grande entusiasta dos abraços e dos beijos e do calor. Quase sempre vamos preferir estar com alguém e quase sempre vamos querer que alguém prefira estar com a gente. Esse toque todo as vezes não é muito conveniente para algumas pessoas.
E, enquanto me explicavam tudo isso, não pude me conter na palestra, tendo uma crise, porque nenhum desses testes psicológicos me definiu tão bem. Foi tanta informação jogada na minha cara sobre mim mesma que já estava ali e só eu não queria acreditar, que eu achei que ou ia morrer de rir ou ia chorar.
Esse talvez venha a ser o texto mais sincero sobre quem eu sou, porque eu me encaixo em literalmente todas as características citadas e mais algumas outras que não consegui lembrar agora, mas que sim, sou eu.
Cinestésica. Em cada célula do corpo.


*você pode ler um realmente muito muito breve mesmo resumo dos outros perfis clicando aqui.

domingo, 2 de agosto de 2015

Eu nunca quis tanto que você me mandasse uma mensagem dizendo que sente minha falta quanto hoje. Porque hoje eu me sinto uma bosta as usual, mas eu preferia me sentir uma bosta quando isso não incluía pensar "por isso ele não me quis".

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Opções: A) eu não sei; B) A; C) B


Eu não sei se dá de perceber por esse blog (dá não, imagine), mas eu sou um tantinho (talvez muito) indecisa. Desde que eu aprendi o significado da palavra "consequência", eu não consigo tomar nenhuma decisão de coração aberto porque eu sempre estou pensando no que aconteceria se eu tivesse tomado a decisão contrária.
Eu lembro de algum episódio de algum desenho animado aí (As Terríveis Aventuras de Billy e Mandy, talvez?) onde pra cada decisão que o personagem tomava, surgia um universo alternativo a partir do que aconteceria se ele tivesse tomado outro rumo. E eu tento enxergar esses universos alternativos toda vez que eu tenho que escolher o que eu tenho de fazer, o que me toma tempo e energia demais antes de eu de fato tomar a decisão.
E só fica muito pior quando eu sei que o que eu quero, mas sei que não devo escolher. E talvez isso seja basicamente o conflito de toda e qualquer decisão que eu tomo na vida: razão vs emoção, FIGHT!
A decisão não está entre 'quero ou não comer um pacote inteiro de goiabada sozinha'. Eu quero, sempre quis, isso tá claro no fundo de mim. A decisão está entre 'devo ou não comer um pacote de goiabada inteiro sozinha'. Querer eu quero, eu sempre quero (ou não quero), disso eu já sei. O que eu nunca sei é das consequências de me deixar levar pelo que eu quero.
Por isso, quando qualquer pessoa me dá um vislumbre do que pode acontecer a partir de decisão x ou y, eu acabo aceitando aquilo como verdade absoluta e tomando uma decisão com base no que outra pessoa disse que iria acontecer. Porque, por pior que 'tomar decisões baseado em opiniões alheias' possa soar, é a única alternativa que eu tenho. Eu preciso da visão de alguém de fora, de alguém que não tá dentro da minha cabeça.
Eu tomo decisões com dificuldade, cuidado. Pode não parecer pra quem ver de fora, mas eu repenso um zilhão de vezes antes de dar qualquer passo (menos os passos de verdade, aqueles com os pés, aparentemente). E ainda assim, demoro até aceitar que aquela fora a decisão certa.
É angustiante.
Mas daí passa.
Uma decisão tomada a mais é uma decisão a menos a ser tomada.
Por mais que, ás vezes, o racional me xingue e o emocional apanhe.

"[...] é certo, se isso serve de consolação, que se antes de cada acto nosso nos puséssemos a prever todas as consequências dele, a pensar nelas a sério,  primeiro as imediatas, depois as prováveis, depois as possíveis, depois as imagináveis, não chegaríamos sequer a mover-nos de onde o nosso primeiro pensamento nos tivesse feito parar."
 (José Saramago, em Ensaio Sobre a Cegueira)

sábado, 18 de julho de 2015

Os últimos filmes que assisti

gif válido. gif muito válido
Eu remoo coisas. Remoo do verbo remoer, sim. Todas aquelas coisas que acontecem na minha vida que já estão mastigadas, trituradas, moídas e eu vou lá de novo desmiuçar elas mais um pouquinho. As coisa boas e as ruins, porque desgraça pouca é bobagem e nunca tá doendo o suficiente, aparentemente. As malditas redes sociais são ótimas, né, pra remoer coisas. É fácil rolar a página do Facebook de alguém até achar aquele coraçãozinho marcado com o nome de certa pessoa, ou se perder em conversas de WhatsApp que aconteceram há quatro meses atrás, ou ler um texto aqui sobre o que estava acontecendo na minha vida em 2012. Acho que remoer as coisas está me impedindo de ver a big picture e encontrar algum assunto pra blogar, ou mesmo pra postar no Facebook ou no Instagram ou no Twitter. Fico rolando essas páginas pensando, tentando entender por que eu não estou conseguindo cumprir com meu dever de cidadã em 2015 de preencher a internet de coisa inútil.
Por isso hoje, um mês desde o último post, eu decidi que ia escrever. Podia inventar um tema ixxcroto e colocar pelo menos um post no ar antes de meia-noite. A minha esperança é que isso desperte algo em mim que me dê mais vontade de escrever, porque eu estou sentindo falta daquela garota que escreveu 30 posts em abril. E ainda bem que assistimos filmes, dessa forma, sempre terei o que blogar.

Les Chansons d'Amour (2007)
É musical francês sobre um cara meio babaca que tá com uma menina meio babaca que quis se meter num ménage à trois e, bom, things get complicated. Filme maravilhosamente bonito (ah, o cinema francês <3), com uma fotografia maravilhosa, uma trilha sonora de partir o coração e poder ver a cara linda do Louis Garrel nunca é ruim, mas a história foi bem fraquinha pra mim. Protagonistas bem difíceis de gostar e personagens secundários que poderiam vir a ser ótimos sendo ignorados. Não mudou minha vida pra sempre, mas que as músicas são ótimas, ah, elas são sim.

About Time (2013)
Que filme gracinha. A história é sobre um cara que pode voltar no tempo e sobre como isso afeta ou não a vida dele. Mas na verdade não é bem sobre isso. É só sobre a vida e a beleza dela. Família e all that jazz, com direito a casamento na chuva e uma das crianças mais fofas do universo. Gosto muito de ser uma filme europeu e adoro que a gente pode identificar que filme não é de Hollywood mesmo que a gente não saiba de onde o filme é. É um amor.

Begin Again (2014)
Voltamos ao cinema norte-americano, porque ninguém é de ferro. Duas pessoas detonadas na vida que se encontram por causa da música e se resolvem por ela. Mais um musical, mas daqueles que não parecem musicais, porque não tem ninguém cantando sobre comer sanduíches e com flashmobs. Aliás, as músicas e todo a questão da indústria da música nesse filme é de fazer os olhos, ouvidos e coração brilhar. A música do filme, Lost Stars, foi escrita pelo Adam Levine, que também está no filme, e foi indicada ao Oscar de melhor música original (não sei se ganhou). É lindo em tantas formas e tão divertido e tão... aconchegante.

Inside Out (2015)

Atenção pessoas com mais de 15 anos: esse é um filme pesado. Ele é todo lindo e fofinho visualmente, mas se a gente prestar um pouquinho mais de atenção ao que tem além da superfície, o filme machuca quem vê, É um filme sobre emoções e sobre a falta delas e sobre a confusão delas e sobre sentir. Pixar dói. Sempre doeu, mas dessa vez eles pegaram pesado. É lindo em todos os sentido, mesmo. É bonito visualmente e a história é uma das mais *FEELS* que eu já assisti, incluindo todos os live-action e não tem nem romance. Socorro. O mundo precisa ver esse filme.

Fight Club (1999)
gif escolhido única e exclusivamente por causa de um certo Brad mexendo no cabelo de um certo Jared
Sim, pela primeira vez em quinze anos de existência desse filme e ainda bem que eu demorei todo esse tempo porque não acho que teria gostado ele tanto se tivesse visto, sei lá, há uns seis meses. E eu juro que eu tentei encontrar um adjetivo de calão mais alto pra expressar isso, mas só foda pra caralho se encaixa na minha experiência com esse filme. Isso é cinema, minha gente, isso é literatura, isso é que são atores. É um negócio louco de elenco bom interpretando personagens ótimos dentro de um roteiro bom e eu nem sei se algum filme desse tipo vai me deixar mais uau que esse. Nossinhora.

Gone Girl (2014)
A adaptação cinematográfica do romance policial hypado da Gillian Flynn conta a história de um casal quebrado aos seus cinco anos de casado a partir do sumiço de Amy, a tal da girl que ficou gone. Li o livro antes de ver o filme e sei que poderia escrever um post inteirinho sobre eles, mas pra evitar spoilers, vou tentar escrever pouco. Porque essa não é uma história pra se ter spoilers. Nem unzinho. Aliás, peguei essa imagem do Tumblr onde, migos, se vocês quiserem aproveitar a experiência desse livro/filme, vocês devem evitar. O filme é maravilhosamente bem feito, tanto como filme em si, quanto como adaptação. Os atores são ótimos, a fotografia é ótima, a história é absurdamente inteligente e o filme é muito visualmente bonito. Mas ainda assim, achei que poderia ser melhor, achei que duas horas e meia talvez tenha sido muito tempo de filme (assim como as quase quinhentas páginas do livro), porque cansa e se você cansa nesse filme, qualquer piscada longa faz você perder um ponto chave na história. Eu preferi o livro, mas só porque sou meio lenta pra histórias policiais e acho mais fácil acompanhar pistas pelas palavras escritas, mas o filme não deixa, nem um pouco, a desejar. Só deixo aqui um trigger warning, porque eu a história é completamente doentia e o filme cheio de cenas talvez um tanto forte demais pra quem tem um estômago (e psicológico) muito fraco. Tomem cuidado, mas aproveitem, porque é um filme realmente muito bom.

YAY! E isso é tudo o que tenho assistido de filmes desde o começo de julho até agora. Ah, as férias escolares... <3 No meio tempo, ainda reassisti a primeira temporada de Being Erica e comecei a ler Watchmen. Espero ver mais filmes legais antes das aulas voltarem.
E espero que meu objetivo de ter minha inspiração de volta tenha sido atingido.
Vejo vocês por aí

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Acorda pra vida!

Eu não tenho exatamente dificuldade pra acordar cedo. Assim, não é que todos os dias eu pule da cama com um sorriso maravilhoso e saía por aí cantando para os pássaros, tem dias que, realmente, levantar é um parto. Mas, em geral, eu até prefiro acordar cedo, o dia acaba de fato rendendo mais e é legal a sensação de "uau, já fiz tudo isso e ainda são só x horas".
Mas num desses dias aí da vida, eu dei um pulo da cama depois de claramente já ter desligado o despertador há meia hora atrás, corri desesperada pra tomar banho, penteei meu cabelo sem o menor cuidado que ele exige, achei que não ia dar tempo de tomar café e tudo.
Devo dizer que odeio a sensação de estar atrasada. Aquela pressa pra fazer tudo na hora, de precisar estar pronta, mas não só pronta, pronta e com cara de quem acordou não apenas na hora, mas vinte minutos antes, quando na verdade eu acordei meia hora depois e definitivamente poderia ter dormido mais.
Eu estava com a cara inchada, o cabelo capengando, tinha escolhido uma roupa bem meh e eis que, "uau, nem foi tão ruim, demorei quase nada pra estar prontíssima pra sair, talvez até dê tempo de tomar café"
E eis que entro na cozinha, feliz e contente com a possibilidade de comer antes de sair de casa e foco meu olhar no visor digital do microondas para ver a hora, e eram só duas horas da manhã.
DUAS.
HORAS.
DA.
FUCKING.
MANHÃ.
Eu não sei que raios aconteceu na minha vida, não sei que tipo de problema eu tenho, mas eu não acordei atrasada coisa nenhuma, nem tinha desligado o despertador, nem nada disso, eu só fui trouxa e acordei desesperada sem razão NENHUMA.
eu, segurando meu trofeu de trouxa do ano
E então eu comecei a pensar que essa peripécia pode ser uma metáfora pra vida (eu sou grande adepto das metáforas, Hazel Grace) que diria "miga, calma, não precisa estar tão desesperada assim, tome banho, penteie o cabelo, tá tudo bem, são só duas horas da manhã da sua vida, você ainda tem mais vinte e duas pra viver, não precisa fazer tudo isso agora", que foi basicamente o que a psicóloga com quem me consultei uma vez disse.
A parte boa: pude dormir mais quatro horas (apesar de ter sido bem mais difícil acordar na hora certa depois :c )
Fica aí a dúvida do porquê acordei às duas da manhã e a lição de "nunca levante da cama sem olhar ~de verdade~ a hora no celular".

terça-feira, 9 de junho de 2015

Underneath it all...


Lembro até hoje de uma professora de sociologia dizendo que nos gabamos tanto de sermos racionais, mas no fundo mesmo só sentimos real prazer nas nossas atividades fisiológicas animalescas (comer, beber, foder...). E isso é tão verdade, que grudou no meu cérebro pra sempre.
Ontem eu assisti Relatos Selvagens, um filme argentino em esquetes que conta várias historinhas de pessoas que têm um surto nervoso devido a alguma coisa qualquer boba do dia a dia. Minha primeira impressão era de que todas as situações ali são muito absurdas para serem reais, mas conforme eu fui absorvendo o filme, percebi que não, não é absurdo. Não são situações-limite, não são exceções, não é (só) roteiro de filme.
Seres humanos têm uma mania absurda de querer aprovação alheia. Em todas as situações, em todos os sentidos, em todos os campos da nossa vida. Estamos sempre esperando que os outros nos vejam como melhores do que nós mesmo nos vemos. Como consequência do medo da reprovação, reprimimos todos os nossos maiores desejos (aqueles, os animalescos) até a boca, até eles encherem a gente por dentro e a coisa se tornar insuportável e a gente explode.
Eu sei disso porque me pego fazendo isso várias vezes, vejo meu pai fazer isso, vejo a minha mãe fazer isso. Todos. Os. Dias.
E as situações que nos levam ao limite não são situações-limite. Não são as situações grotescas que nos fazem enlouquecer. São coisas pequenas, são gotas d'água. Mas só é necessária uma gota d'água para transbordar o balde. E o balde transborda porque não deveria nem estar cheio.
A gente devia se permitir sentir o que estamos sentindo. Dar pequenas crises de vez em quando, pra não dar um piripaque qualquer dia desses. Dizer o que estamos sentindo, chorar, gritar, socar uma parede. Qualquer coisa que libere essa selvageria toda que tem dentro de nós aos poucos, porque três ataques de um leão de cada vez é melhor que um ataque de três leões ao mesmo tempo.
Embaixo de todas essas roupas, de todos esses cálculos, de todos esses contratos, de toda essa pose fotos e textões no Facebook e fotos de garrafas de cerveja e comidas congeladas, nós ainda somos os mesmo animais selvagens de dois milhões de anos atrás.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Por que não?


Eu estou digitando esse texto enquanto ferve água na cozinha para eu preparar um café. Eu quase nunca faço café, apesar de adorar tomar um café fresquinho. A razão de eu estar fazendo esse café agora é que eu preciso estudar.
(Pausa pra coar o café e responder uma mensagem no WhatsApp)
Na última uma hora e meia eu: li todos os blogs salvos nos meus favoritos, abri e fechei o Tumblr três vezes, assisti o último vídeo da Jout Jout, tentei começar um post aqui 5 vezes, li os últimos posts do Keeping Up With The Cullens, joguei uma partida de paciência spider, comi uma pêra e resolvi fazer café.
Quando eu saí do trabalho hoje, eu estava determinada a estudar pra minha prova de estatística que vai rolar amanhã.
Na hora em que liguei o computador novo, desisti. Meu computador novo é tão bom comparado ao antigo, que eu nem sei lidar. Não sei mesmo. Só quero ficar fuçando nele, vendo vídeo em HD ♥, escutando vídeo do YouTube enquanto  uso o Tumblr e nada trava.
(Pausa pra ir tomar o café. Lavei a louça porque tinha que lavar minha xícara favorita, daí pensei: por que nao? Btw, esse pode ser o melhor café que já fiz na vida ♥)
E tudo isso por quê? Exatamente, porque eu estou enrolando pra não estudar estatística.
Alguns chamariam de procrastinar, mas eu não acho que inventaram um nome ainda pra isso que eu tô fazendo...


*escrito em 26.05.2015

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Fim do Blogger???

NÃO É DRAMA
Aparentemente, é isso mesmo, o Google vai matar o Blogger, e assim, sem dar nenhum sinal do que poderia acontecer, sem avisar nada.
Só estou fazendo esse post pra avisar que esse blog vai estar disponível apenas até 30/06/2015 (MENOS DE DOIS MESES PRO FIM!!!!!) e depois estarei, se tudo der certo, blogando no WordPress, o que jurei nunca fazer :c
Vi a noticia aqui e aqui e não tem sido muito fácil pra mim aceitar a ideia de que isso tudo vai morrer. Sinto pelo meu blog, mas também pelos que acesso. Sinto pela falta que esse formato vai me fazer. Sinto ter de aprender tudo de novo e perder todas as alterações que fiz há pouco tempo, antes de Um Erro se tornar Um Erro *suspira*
Maiores informações sobre minha vida no WordPress em breve.
*suspiro triste*

UPDATE: estou aqui agora http://uedcv.wordpress.com , mas, naquelas, sem nenhum post transportado pra lá. Infelizmente, os bebês daqui ficaram guardados só no meu HD externo coração
UPDATE²: aparentemente, fui trouxa, não li as informações direito e isso não tem nada a ver, tá tudo sob controle. Que burra. QUE. BURRA.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Não se assuste, pessoa, se eu lhe disser que a vida é boa


Estou escrevendo esse texto, a caminho da faculdade, no bloco de notas do celular porque acho que se tiver de esperar até mais tarde, o ponto dele vai se perder.
Quando saí de casa, meu condomínio parecia um tipo de portal mágico e à sua esquerda estava um sol super maravilhoso e à direita, pra onde eu estava indo, a cor do céu transitava entre a azul escuro e cinza chumbo. O mundo parecia querer cair de um lado e do outro o mundo parecia sorrir. Estava com medo da chuva, mas a vida não para por isso e eis que eu sigo na direção do céu chumbo pra pegar o ônibus nosso de cada dia.
E então começa a chover.
Não foi das chuvas mais cretinas, não me molhei tanto, minha meia continuou seca, não fiquei nem com medo do celular, que tocava música no meu bolso, molhar. Continuei andando, meio bravinha por causa da chuva, mas sem maiores crises.
E então começou a tocar Dê Um Rolê da Novos Baianos no meu celular no mesmo tempo em que eu vi um arco-íris tão lindo, que nem lembrei de tirar foto.
Maa tudo bem, porque nenhuma foto faria jus nem a dez por cento do quão bonita era a imagem que eu estava vendo.
O sol absurdo do outro lado iluminava as árvores e as gotas de chuva, que pareciam brilhar, enquanto o arco-íris estava lindo, destacado, em contraste às nuvens negras, ao mesmo tempo em que meu celular dizia pra eu não me assustar se ele dissesse que a vida é boa.
O sorriso que surgiu no meu rosto foi tão involuntário, e a cena era tão bonita e a trilha sonora tão boa, que eu me senti num filme. De verdade.
Foi um momento tão mágico, que, sim, acreditei que a vida é mesmo boa. Algo ruim não me proporcionaria uma cena tão maravilhosa.
Acho que o universo percebeu que eu estava precisando de uma experiência tão simples, mas tão rara, como essa. Melhorou tanto o meu humor, meio que lavou pra fora alguns sentimentos, me sinto tão leve agora. Algumas pessoas diriam que toda essa felicidade e esse bom humor tem outra origem, mas, meus amores, é só a vida que é mesmo muito boa.


*escrito ontem, no fim da tarde

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Is this the real life?

aka Uma possível resenha/conversa/blablabla sobre Inception



Matei aula pra assistir um filme. Ok, talvez não exatamente pra assistir um filme, mas assisti Inception enquanto deveria estar na faculdade. Gostaria de dizer que me arrependo, mas não seria bem verdade.
Inception conta a história de Cobb e seus amiguinhos que com certa tecnologia conseguem adentrar, controlar e compartilhar sonhos. No meio dessa atividade que não é exatamente legal, ele se envolve em altas tretas e pra resolver a maior delas (algo a ver com ele supostamente ter cometido um crime) ele vai usar dessa tecnologia dos sonhos pra implantar uma ideia no subconsciente de alguém.
A partir daí, a história se desenvolve entre Cobb, uma engenheira, um químico, o Joseph Gordon-Levitt ♥, um cara podre de rico e um outro cara que merecia mais destaque do que ser chamado de outro cara arquitetando a forma de implantar certa ideia no subconsciente de um herdeiro através de uma viagem louca de sonho, dentro de um sonho, dentro de um sonho.
O filme tem um tipo de fantasia científica da qual gosto muito. É algo que não faz tanto sentido assim, mas nos filmes eles dão alguma explicação que torna tudo foda pra caralho. Em Inception, uma máquina torna possível criar e compartilhar sonhos, e a coisa é tão altamente explicada que se torna extremamente plausível.
E daí é que eu começo a pensar na vida.
Os criadores do filme pensaram na remota possibilidade de compartilharem e criarem sonhos e implantar ideias dentro do subconsciente alheio. Se pensaram num filme sobre isso, pensaram na real possibilidade disso. Se pensaram na possibilidade disso, talvez tentaram trazer isso pra realidade? E de repente tudo isso aqui é um sonho? Porque, no caso, não tenho nenhum totem pra me lembrar de que estou na realidade e não dentro do sonho alheio. Estou escrevendo isso do lado de uma colega de trabalho e não existe nada que prove que isso tudo não é um sonho dela.
É de se pensar que, se fosse um sonho, por que é que jogariam um filme louco desse na minha cara a ponto de me fazer acreditar que isso não é real? Mas aí é que tá: tem uma cena no filme onde o Cobb joga na cara do carinha que vai ter uma ideia plantada em seu cérebro (não lembro o nome dele de jeito nenhum) que aquilo é um sonho. Então Inception seria a forma do meu treinador contra invasores de sonhos pra me lembrar que aquilo é um sonho, nada disso aqui é verdade. Tem uma imagem que vira e mexe aparece no Tumblr que também me dá um frio na barriga e me faz pensar: será que tudo isso aqui não é mesmo apenas um mar de fanta?
Fato é que, se for sonho mesmo, não quero esquecer de Inception quando eu acordar. Porque é um filme ótimo, muito bom mesmo.


http://suspiciousbiscotti.tumblr.com/post/118099183931/we-create-and-perceive-our-world-simultaneously


UPDATE (dez/2015): recentemente assisti Vanilla Sky que me deixou com o mesmo medo também.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

abril de 2016 - BEDA #30


Sei que agora você deve estar lendo a carta que nossa amiga de dezesseis escreveu pra você e sei, assim como você antes mesmo de abrir a bendita carta, que ela está recheada de perguntas. A Karla de 16 é obcecada com respostas. Sei que essa carta deve ter feito você chorar e querer poder enviar uma carta para o passado, como em Dating Rules From My Future Self, e é por isso que estou escrevendo esse texto pra você também, já que a Karla de recém completados 19 anos é bem diferente da Karla de meados dos 16.  Achei que você merecia um ponto de vista mais recente.
Dito isso, não envie a carta pro passado. Eu não quero respostas, Karla de 20 anos. Não me dê spoilers.
Posso definir meus dezoito anos como um tempo de auto-conhecimento do caralho. Aprendi muito sobre mim (nós?) nos últimos doze meses. Paguei a língua um zilhão de vezes, quebrei a cara, curti, sorri, chorei. Você sabe, estava lá. Você viu o quanto a gente cresceu em apenas um ano. Dois mil e catarse não poderia ter um nome melhor.
Dentre tanto aprendizado, deixo claro aqui o meu amor pela surpresa. Eu costumava dizer que gostava da estabilidade, da inércia, da rotina. Não é verdade. Não que eu desgoste da certeza e de saber pra onde as coisas estão indo, mas amo a sensação de queda livre que eu senti várias vezes nos últimos tempos. Descobri que adoro a sensação de "taquipariu que que tá acontecendo?". Adoro o frio na barriga de não saber exatamente pra onde a vida está indo. Nós adoramos, né?!
A Karla de 16 anos provavelmente me chamaria de louca se pudesse ler esse texto. "Cê tá é maluca, querida". Isso porque em 2012/13, eu estava sentindo muito medo de tudo. Era tanto medo de mudar, que a gente suprimia aquilo dentro da gente e quase que não sentia, porque apesar do medo, não tinha muita mudança.
Mas agora, com tudo mudando a todo momento, não dá muito tempo de sentir medo da mudança. É só por tempo o suficiente pra saber que tem algo saindo do lugar e depois a descarga de adrenalina (na qual, aparentemente, estou viciada). E, ok, apesar de ser por pouco tempo, é medo pra caralho, eu sei. Mas, sei lá, a Montezum deu medo, A Entidade deu medo, o primeiro dia na Eppen deu medo. Se a Karla de 16 pudesse sentir toda a sensação boa que veio depois de  todos esses medos...
O medo pré mudanças e experiências novas é cruel, mas vale toda a animação que vem depois de fazer algo diferente pela primeira vez. E é por isso que eu não quero seus spoilers, Karla de 20. Porque o medo é o que dá o start pra toda aquela sensação... blissful. Quero sentir esse medo. Então, não me conte nada, ok? Vou descobrindo aos poucos, até eu virar você.
Beijo e feliz aniversário.

(Mas fica aqui uma lista de coisas que eu acho que vai estar acontecendo na sua vida ou que eu queria que você estivesse fazendo, pra você rir, provavelmente, já que eu nunca acerto o futuro mesmo:
-Você ainda dá aula de inglês, mas parou com essa brincadeira de aula aos sábados porque você é muito preguiçosa (ou porque foi pro Les Trupps)(duvido);
-Você ainda tá estudando economia e dizendo que vai largar, mas sabe que no fundo cê não tem coragem;
-Você tem um namorado agora. Né? Diz que sim.
-Você deve ter querido largar New Girl no meio do caminho, mas vai continuar, porque te faz bem hoje;
-Acho que você vai pegar alguém e se arrepender (não precisamos de bola de cristal pra saber disso);
-WANLAV (entendedores entenderão)
-Você tá amando o álbum novo da 1D)

*mais alguém surpreso de isso ter de fato funcionado e eu ter de fato postado em ~todos~ os dias de abril? estou muito orgulhosa de mim mesma <3 porque, sério, beda foi tudo, menos fácil.