sexta-feira, 26 de julho de 2013

Fã.

Esse mês aconteceu algo que me fez pensar na época de um certo ex-blog meu (as pessoas normais geralmente pensam em ex-namorados - não é meu caso) em uma era negra da minha vida. Era um blog bem podre no Uol (.zip.net gente, bem ruim assim) e nele eu tinha mania de fazer posts com bastante conteúdo do tipo:

Jonas Brothers Fan

Jonas Brothers Fan
Jonas Brothers Fan
Jonas Brothers Fan
(mais 250 linhas iguais)

ou 

AMO A CLÁUDIA LEITTE
AMO A CLÁUDIA LEITTE
AMO A CLÁUDIA LEITTE
AMO A CLÁUDIA LEITTE
AMO A CLÁUDIA LEITTE
(mais 250 linhas iguais)

e nessa mesma formatação. Era engraçado (quer dizer, é o que eu acho hoje. Na época, eu me achava muito cool).
Mas o que importa é que eu realmente partilhava do meu amor de fã (ai, gente, JoBros e Claudinha, cara, comassim?) naquele blog. Coisa que eu não faço nesse blog aqui, onde, supostamente, eu deveria garimpar meus pensamentos e tentar poli-los em palavras. 
Então, mesmo tentando não pensar sobre isso, devo dizer aqui o quanto eu sinto pela morte do Cory Monteith. Pra quem ainda não sabe, eu sou apaixonada por Glee. Ou pelo menos era até a 3ª temporada. Agora é mais só pra terminar e ver o que acontece com meus personagens favoritos. O problema é que não vai mais ter fim pra minha parte favorita de Glee, que era Finchel (o casal das personagens de Lea Michele e Cory Monteith - que eram um casal na vida real também). E quando eu vi a notícia confirmada, eu chorei. Eu não me lembro de ter chorado antes pela morte de alguém que eu nunca tinha visto pessoalmente. 
E isso me fez pensar no que exatamente fãs sentem. Fangirls (eu aqui ó!) em geral dizem ser amor. Mas amor é uma palavra tão abrangente. Essa coisa de fã não é amor, afinal você nem sabe como a pessoa é de verdade na vida real, não conhece os defeitos dela, nem nada, tudo que conhecemos de nossos ídolos é superficial demais. Mas isso não nos impede de gastar horas vendo entrevistas no YouTube, ou na tag da sua saga literária favorita no Tumblr, ou de gritar quando descobre que um desconhecido é fã com você, ou de chorar quando alguém morre. Porque, querendo ou não, aquela pessoa foi/é importante pra você de alguma forma.
Dessa vez foi o Cory Monteith. Ele interpretava o meu personagem favorito da série, o Finn, que era suuuper fofo e arrasava na bateria e cantava muito bem. E só de pensar que Glee vai voltar sem ele, dói. Um incômodo estranho, como se algo estivesse bastante errado (e está, de certa forma). E eu sou fã só do Finn, não do Cory. E chorei mesmo assim. Imagine se fosse a Hayley Willians? Ainda mais agora, tão perto do meu show... Eu acho que eu ia entrar em depressão (talvez não, mas é parte de ser fangirl esse exagero).
E eu nunca sequer vi nenhum deles ao vivo.
Acho que é nisso que se resume esse lance todo de fã: amar pelo que a pessoa faz. Não pelo que você sabe dela. Não é porque Cory morreu de overdose que eu vou gostar menos dele, porque eu gostava do que ele fazia como ator e cantor e não do que ele fez da vida pessoal dele. Eu adoro a Lady Gaga pelas músicas e clipes dela, e estou pouco me fodendo se ela gosta de beijar garotas ou se ela tem um pinto no meio das pernas. A gente gosta do trabalho do nosso ídolo, não de sua vida.
Então... não tem porque tentar falar que o Justin Bieber ou os meninos da One Direction são gays, porque se eles fossem mesmo, as fãs não dariam a mínima pra isso. Não tem ponto em falar que Edward Cullen é uma "fadinha" porque pras fãs de Crepúsculo, ele brilhar no sol não faz diferença alguma pro conteúdo da história.
Além de muitas vezes você não poder agradecer ao seu ídolo pelo quanto ele te ajudou mesmo sem saber, a gente ainda tem que ouvir esse tipo de coisa.
Ouvi algumas pessoas comentando sobre como eu estava chorando por um drogado... mas não. Eu estava chorando pelo Finn e não pelo Cory (tá, um pouco muito também pelo Cory). Eu não terei mais nenhum dueto Finchel em Glee e é isso que me incomoda. E eu não dou nenhuma foda pro Cory ter morrido de overdose. Ele era talentoso, seu personagem me fez muito bem e o que importa é agora acabou, e não como acabou.
E, como fãs, temos todo o direito de chorar por isso.
Descanse em paz, Cory. Você vai fazer (já faz) muita falta.

sábado, 20 de julho de 2013

Amorzade

Amizade: substantivo feminino derivado do Latim AMICITIA, derivado de AMOR.

Cheguei a conclusão de que a amizade é a forma mais pura de amor. Porque esse amor acontece de forma absolutamente espontânea. Não é como amar a família, porque é sua família e você acaba por amá-los, mesmo sem querer. E não é como amor baseado na paixão, porque esse se desenvolve muito mais a partir da vontade de ter outra pessoa, de receber a outra pessoa. E a amizade não se encaixa em nada disso.
Amizade - amizade mesmo, não aquela relação que você tem com os contatos do Facebook -  é a simples junção entre pessoas idiotas que precisam fazer a outra feliz. E não o contrário. É o único tipo de amor em que não se cobra nada de nenhuma das partes, porque não é necessário. Porque eles sabem exatamente o que e como fazer, mesmo sem saber o porquê.
Amigos são a família que dizem que a gente escolheu. Eu discordo. Fomos escolhidos pelos nossos amigos. Na maioria das vezes, a gente nem sabe porque aquele ser-idiota-que-não-tem função-alguma-além-de-irritar-profundamente é tão importante na nossa vida, mas é absolutamente impossível viver sem eles. Você não escolhe entregar sua felicidade e momentos felizes nas mãos de alguém. Você aceita porque... porque sim, porque são seus amigo e ponto final.
Por ser amor, amizade é imortal. Aquele seu amigo de verdade vai continuar seu amigo mesmo que vocês fiquem setenta anos sem se ver. Sério. Porque as memórias de antes vão despertar a amizade "adormecida".
Amigos estão ali pra falar mal do ex, pra comer seu lanche, pra copiar seu trabalho, ou pra emprestar o trabalho pra você copiar), pra te xingar, pra falar da vida alheia, pra te botar pra cima, ou pra ir pra baixo com você. Amigo é amigo. E faz qualquer coisa para que você se sinta melhor.
E é por isso que eu adoro ter amigos. Não porque eles vão me fazer bem. Mas porque eu posso fazê-los bem (e assim descobrimos que a Karla tem, sim, alguma utilidade).
Na verdade, eu só queria dizer aos meus amigos o quão importante eles são e o quanto eu amo cada um deles. Esse texto não é suficiente pra isso, ainda menos suficiente se a gente considerar que eles conseguem conviver comigo sem me enforcar (muito), mas eu tentei, pelo menos.
Feliz dia do amigo, seus bostas. Eu amo vocês.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

On x Off

E eu quase excluí esse blog. De novo.
Porque minha mãe disse que eu deveria conversar com 'pessoas de verdade, de carne e osso, e não com um teclado ou um pedaço de papel' (palavras dela).
E eu concordo.
Mais ainda, eu tinha o plano de me desligar de todas as redes sociais e só manter meu email e minha conta do Nyah (porque viver sem fanfics já seria demais).
Mas é claro que eu desisti disso tudo.
Porque... as redes sociais me fazem... bem? Eu gosto de gastar meu tempo surtando com stills dos próximos filmes no Tumblr, ou jogando Criminal Case no Facebook (viciada, pfvr), ou rindo do Porta Dos Fundos no Youtube, ou colocando mais livros na minha já GIGANTE wishlist do Skoob.
Eu fiz uma ENORME parte do meu tcc via Facebook. Eu descarrego muita coisa no Twitter e no meu blog. Eu dou muita risada no Ask. São coisas que, mesmo que só temporariamente, me fazem feliz (?).
Então tá. Eu não vou excluir nada disso.
Eu só preciso aprender a dosar. E eu não sou boa com dosagem. Nunca fui. Sou a típica garota 8 ou 80. Ou me interesso demais (livro, internet, teatro, física) ou não me interesso at all (esportes, filmes do Jackie Chan, história). E isso pode, talvez, ser um problema.
Eu preciso encontrar o equilíbrio nisso. Não sair excluindo minhas contas todas porque eu estou emburrada, mas também não deixando de fazer as outras coisas por causa disso.
Eu estou de férias agora. E eu não preciso gastar elas todas online.