terça-feira, 26 de novembro de 2013

Querido Filho da Puta,

Pare. (Ou continue, sei lá)
Viu?! É por isso que você precisa parar.
Porque minha cabeça não funciona direito quando tem alguma parte do seu corpo tocando o meu.
Porque eu quero te dar um tiro e depois me jogar no seu colo e enfiar a língua na sua garganta.
A parte certinha de mim me impede de fazer qualquer um dos três.
Nem tenho certeza se seu beijo é tão sensacional quanto eu me lembro, mas sei que a sua mão parece ter sido feita sob medida pra minha cintura e você sabe exatamente o poder que ela tem sobre mim e usa isso todo santo dia pra me fazer derreter na sua frente e provar que você está no controle.
Você está totalmente no controle.
Quero que você pare de agir como se fosse me beijar e ir no segundo seguinte beijar uma outra menina mais bonita, estilosa e legal que eu. (Acho que você sabe que só quero que pare a segunda parte da lista.)
Porque tudo o que eu quero é te arrastar pra um canto escuro qualquer e fingir que o mundo acabou, junto com sua namorada, e só sobrou a gente, e a gente pode só ficar junto. Sem sentimento, sem drama (só sexo), como você me prometeu um dia.
Se você parar de agir como se isso pudesse acontecer, eu vou parar de pensar que isso vai acontecer em algum momento. E aí fica bom pra todo mundo: pra sua namorada, que não vai morrer seca de inveja; pra você, que não vai ser mais um filho da puta; e pra mim, que vai parar de ser uma louca carente.
Acho que o grande problema talvez seja que eu não quero de verdade que você pare.
Eu gosto do seu jeito canalha. Gosto que você não queira nada além do físico. Gosto de achar que sou gostosa o suficiente pra fazer brotar a ideia (mesmo que ínfima) de trair sua namorada. Gosto de ter certeza de que a gente nunca vai dar certo.
E é por isso que você precisa parar de me incitar. Não me dê abertura pra cair na tua lábia (e nos teus lábios). Pare de ser o cara que eu finjo que é meu namorado antes de dormir (acho que sabe o que isso quer dizer, e nem estou apaixonada por você).
Não estou apaixonada por você, mas ela está. E eu super te arrastaria pra um canto mesmo sem o mundo acabar. Mas seria muito muita mancada com ela, principalmente porque ela parece muito legal (só que eu nunca vou descobrir isso, porque só consigo sentir muita inveja/ciúmes dela).
Então só pare.
E quando terminar com ela e quiser umas férias de dramas amorosos, continue.

Até lá,
Karla

sábado, 23 de novembro de 2013

Destino - Ally Condie

Acho que, de todos as distopias adolescentes que estouraram aí no mundo literário, essa deve ser a mais parecia com as distopias do século passado (1984, Admirável Mundo Novo, Fahrenheit 451, etc). E isso já seria motivo suficiente pra se tornar um dos meus livros favoritos.
Ok. Talvez esse livro não seja tão bom assim, e provavelmente muita gente não vai achar. Mas Destino me tocou de verdade. Eu li bem rápido e quando eu terminei eu não parei de pensar no dito cujo. Terminei de ler ele de manhã (durante a aula de redação... e o professor me pegou lendo) e passei o resto do dia inteiro pensando em como eu gostei de, basicamente, tudo (menos da Cassia, mas eu tenho sempre problemas com as protagonistas em geral).
Eu gostei de como a autora costurou a história, mostrando todas as coisas do ponto de vista da Cassia, deixando tudo muito mais surpreendente.
E, ainda assim, não é por isso que virou um dos meus favoritos.
Destino conta a história de uma sociedade em que o poder de escolha é lhe tirado por completo. Você não escolhe com quem você casa, quando você morre, onde você trabalha, o que você come, quando você se diverte, nada. A Sociedade escolhe tudo pra você. E, mesmo que pareça horrível ter sua vida quase que toda controlada, é engraçado perceber como isso é bom. Por exemplo, não existem pessoas obesas, já que a Sociedade sabe exatamente quantas calorias são necessárias pra sua rotina. Não existe abortos espontâneos, já que a Sociedade sabe exatamente quem é seu 'par genético perfeito'. Por vários momentos eu me senti tentada a me mudar pro mundo do livro, porque a Cassia passa por uma fase de aceitar e mesmo de gostar da sociedade.
Aos poucos a autora destrói essa ideia de perfeição e é aí que eu começo a me dar conta do quanto esse livro me atingiu.
O poder de escolha é algo que eu demorei a aceitar. Sempre preferi que alguém escolhesse tudo por mim, poupava trabalho e energia. Quando eu me vi presa numa situação em que só eu, e unicamente eu poderia escolher, eu me desesperei e fiquei louca pra alguém tomar as decisões por mim. Ler Destino me mostrou a beleza do escolher, de poder ser quem você quiser ser, de poder querer acima de tudo.
Esse é um dos meus livros favoritos porque me mostrou as coisas boas do mundo. Com 1984 e Jogos Vorazes foi quase isso, mas de uma forma bem mais crua e menos gentil que em Destino. As palavras mostravam uma situação horrível, mas eram colocadas no papel de uma forma tão linda, que me tocou de verdade. E eu amei mesmo.
Não tenho previsão de quando vou ler os próximos da trilogia (sempre é uma trilogia), e isso me deixa um pouca angustiada, mas só de ler o primeiro, já estou feliz. Com certeza, esse livro me fez uma pessoa melhor.

sábado, 9 de novembro de 2013

:)

no caso de você querer saber, sim, sou eu na foto 
Estou feliz.
Estranho escrever essa frase.
Depois de uma crise aleatória de choro que me deixou com dor de cabeça e olhos inchados no dia seguinte, eu consegui respirar de verdade.
Tomei decisões importantes e... estou feliz.
Há tempos (ou, pelo menos, parece que faz muito tempo) não me sentia assim, limpa por dentro, bonita por fora. E confiante.
Aproveitei a oportunidade pra tirar ~várias~ fotos, fazer lição de casa (ansiosa pelo dia em que não vou mais usar essa frase), e botar minhas séries em dia.
Estou calma. Ainda ansiando por 2014 com força, mas não estou querendo me matar pra ver se chega logo.
Estou bem de verdade, como não me sentia há algum tempo.
Gosto da sensação de que nada pode me incomodar.
Não sei quanto tempo vai durar (ou se vai sequer passar), mas estou muito feliz de estar me sentindo assim depois de tanto tempo.
É como se as coisas estivessem no lugar certo, mesmo que seu lugar certo seja incômodo.
Acho que estou começando a entender que a vida é isso, nada é sempre perfeito. E se eu for me irritar todos os dias com o ônibus cheio, ou com as minhas unhas que não crescem, ou com o fato de que posso não passar no vestibular, eu nunca vou deixar espaço pra me sentir como me sinto agora.
Quase indestrutível.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Gosto das mudanças.
Gosto mesmo delas.
Pretendo causar uma revolução no meu blog em 2014, porque é isso que vai acontecer na minha vida, uma revolução.
Segundo o dicionário Aurélio: Mudança profunda ou completa, subversão: revolução nos costumes, nas artes e nas ciências.
Tomara que dê tudo certo.
Até lá,estarei aqui, com meus posts sem sentido e meu layout laranja/azul.
2014 promete. (e, aparentemente, eu também)

domingo, 3 de novembro de 2013

"Uma fase de vida incompreendida e não-aceita tal como é. Uma fase de vida onde o ser 
humano é pressionado para ser aquilo que ainda não é e para deixar de ser aquilo que ainda não abandonou por completo: a fase adulta e a fase infantil respectivamente."