Agora, tão perto do vestibular, isso fica tão claro pra mim. Não é que eu seja indecisa na minha vida. Eu só não me aprofundo no que eu gosto. Porque eu gosto de coisas demais e acabo por ser superficial demais. Deve ser por isso que eu não me encontrei ainda. Ou, talvez, o problema não é que eu não saiba quem eu sou. Talvez eu saiba. Mas não possa viver essa vida que eu queria. Eu só queria que as coisas fossem um pouquinho mais fáceis pra mim. Então eu não teria que encarar a vida desse ponto de vista e não tentaria tanto evitar pensar demais. Eu sei quem eu sou e eu sei o que quero. Mas também sei que não vou poder ter o que quero. Isso é tão Karla: querer o que não se pode ter. A pior parte é que eu quero muito. Demais. Eu me sinto livre de verdade quando eu faço o que que gosto. É o momento onde eu sinto que nasci pra isso. Mas eu não vou ser rica e feliz. Aparentemente, só é possível ter um dos dois. Será que dinheiro é realmente importante? No fim, eu vou acabar trabalhan...
Opa. Que espaço esquisito é esse aqui? Realmente é um diário virtual? Um suposto formato de consumo da internet vintage? Da época em que a gente precisava logar no computador e ir atrás do conteúdo que a gente queria consumir ao invés de ter conteúdo sendo jogado na nossa cara 24 horas por dia pelo celular? Parece que sim. Parece que realmente é um blog. Faz inacreditáveis 7 anos desde a última postagem que escrevi aqui. Eu nem sei se sei mais quem que eu era 7 anos atrás. Abri agora o blogger e tinha um rascunho de um post dizendo "Hoje faz um ano e dezesseis dias desde a última postagem [...]. Nem dá pra acreditar que só se passou um ano desde aquilo [...] parece algo que eu gostava quando era adolescente, e não só há um ano, sabe?" e eu ri gostoso de como a passagem do tempo não faz nenhum sentido mais. Entre 2017 e 2018 parecia uma vida, e hoje, 6 anos depois, parece que 2018 foi ontem. Resquícios da Pandemia™, né? Ou será que é marcas da idade? Eu não quero dar um upda...
E aquela sensação terrível de que nunca vivi nada de verdade? De nunca ter me sentido realmente completa? Nada e nem ninguém nunca me fez sentir como se não coubesse mais nenhuma emoção (boa ou ruim) dentro de mim. E aí, me vem de novo aquele sensação de vegetal. Estou aqui, existo. Mas não vivo. Não me jogo de cabeça em nada de verdade. Sem foco, sem rumo... sem emoção. Vendo os dias passar diante de meus olhos, escorrendo pelos meus dedos, sem fazer nada. Sem guardar um mísero grão de areia na minha ostra pra ver se vira pérola. Só olhando. Pessoas indo, pessoas voltando, luzes, cores, cheiros. E nenhuma emoção vinda daquilo. Só a sensação de que alguma coisa está faltando nesse quebra-cabeça da minha vida. Ou o problema nem seja faltar uma peça, talvez nenhuma delas se encaixe. E eu saia dessa vida sem entender o que é se sentir realizada, completa, bem-sucedida. Só o vazio. O não. Já pensei (muito mais de uma vez) na possibilidade de nunca me apaixonar por ninguém e morrer virgem. ...
Comentários
Postar um comentário