domingo, 9 de agosto de 2015

Nunca?

Já dizia o famoso pensador contemporâneo: never say never
Eu posso fazer uma lista enorme de coisas que amei e que não ligo mais, e posso fazer uma lista maior ainda sobre as coisas para as quais dei língua e careta e banana (aquela com os braços, não a fruta) e depois, com a rabo entre as pernas e a cabeça abaixada, disse "ah, to curtindo". O exemplo mais clássico que eu posso lembrar agora é One Direction que, uau, como é que algum dia pude dizer que não gostava deles, meu deus?!
Essa semana aí eu fiz DUAS coisas que prometi não fazer: fui sugada pra dentro do Snapchat e coloquei uma foto com bordas do Instasize no perfil do Facebook. Porque, em geral, eu sempre acho que a internet está overreacting sobre tudo, e eu nunca enxergo a absoluta necessidade que algumas pessoas vêm em certas coisas (o que, sinceramente, é a maior hipocrisia da minha vida, porque eu overreajo a tudo o tempo todo).
Sempre achei o Instasize meio desnecessário, coisa de quem queria colocar foto de corpo inteiro no Instagram e ter mais likes e sempre fui relutante ao aplicativo por muito tempo, mas daí numa certa selfie xis, me deixei levar e aceitei que, ok, talvez não tão inútil assim. E eu usei várias vezes depois. E mesmo que meu coração tenha aberto ao uso do dito cujo no Instagram, eu ainda franzia o lábio pra fotos no perfil do Facebook e do WhatsApp com as bordas/fundos. Até que eu tirei uma foto que não encaixava de jeito maneira na miniatura do Facebook, mas era uma foto tão boa e eu fiquei "ai meudeus, não acredito que to fazendo isso" e fim, tá lá. Com borda preta e filtro do Instasize.
Mas em nenhum momento durante esse recente boom do Snapchat me imaginei usando o mesmo. Nunquinha mesmo. Porque se tem uma coisa que eu odeio nessa era digital é gente que apaga foto, por quaisquer razões que seja, não tô nem aí se você espirrou na hora, NÃO APAGA MEU BEM. Então eu guardei no coração a certeza de que o Snapchat tinha sido o aplicativo mais inútil já inventado e que nem pra ser secreto valia, porque todos poderiam tirar print e, well, pra isso a gente pode mandar no WhatsApp mesmo. Mas aí tá todo mundo usando. Tem essas pessoas que eu amo na internet e que vira e mexe dizem "se você me acompanha no snap você já sabe dessa novidade que eu vou contar para pessoas atrasadas na internet que não estão lá". E eis que, bem, se digitarem cadebaltar na barra de pesquisa do Snapchat, é possível me encontrar. É provável que eu não tenha foto nenhuma, mas, sei lá, né, gente, já criei a conta, já segui/adicionei (nem sei qual termo cêis usam nessa ~rede social~) meio mundo, daí pra começar a postar vídeo dizendo "socorro que tédio" não deve demorar muito.
Fato é que, nessa longa estrada da vida, eu já devo ter negado um zilhão de coisas. Já declarei ódio a uma população inteira. Já jurei de pé junto que não faria isso ou deixaria aquilo acontecer. A parte boa é que aprendi, em algum ponto, que não dá pra prever o futuro. Não dá pra dizer o que vai acontecer amanhã, que dirá daqui a seis meses, que dirá daqui a seis anos. Dizer que algo ~nunca~ vai acontecer é muito pesado. Nunca é uma palavra muito definitiva, imutável. E que raios nesse mundo inteirinho é imutável, pelo amor de Deus???
Vamos evitar a palavrinha 'nunca' quando nos referirmos ao futuro, porque, obviamente, não dá certo e parece que atrai aquilo que prometemos não fazer. Vamos só dizer que isso não aconteceria 'hoje'. Afinal, se Karla está no Snapchat, minha gente, significa que há poucas coisas impossíveis nesse mundo.

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