domingo, 31 de agosto de 2014

O que eu fiz de legal na 23ª Bienal do Livro de São Paulo

Eu tinha feito um post todo bonitinho, cheio de fotos e comentários empolgados e coisas do tipo. Ele ainda tá salvo nos meus rascunhos, inclusive com o mesmo título desse post, só pra eu não esquecer o quão feliz eu estava.
Mas eu não vou postar foto nenhuma aqui.
O que eu fiz de mais legal nessa bienal foi cair na real. Eu vi que sou uma em um milhão. Que mesmo as coisas que me tornam única não me são exclusivas. Existe uma quantidade enorme de pessoas no mundo, no Brasil, em São Paulo. E várias pessoas gostam de várias coisas e eu sou única, mas não sou a única no mundo a ser única.
A bienal levou 720 mil pessoas pro Anhembi. 720 mil pessoas tão interessadas em livros quanto eu. 720 mil pessoas nas quais eu sequer prestei atenção. 720 mil pessoas que também não prestaram atenção em mim. 720 mil vidas acontecendo ao mesmo tempo. 720 mil formas diferentes de impacto causados por aquele evento. 
Setecentas e vinte mil.
Então, além dos livros que comprei e das pessoas que vi/conheci, a bienal foi uma balde de realidade me dizendo que, sim, sou única e extraordinária, mas todo mundo também é. Desde Einstein até o mendigo da esquina. Ser extraordinário é o que é ordinário. E eu devia olhar menos pro meu próprio umbigo. 
O vídeo abaixo foi gravado na hora em que esse pensamento me passou pela cabeça. Uma singela homenagem a todas essas pessoas para as quais sequer dei um segundo olhar.

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