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| 08/04/2014 (o céu está desse mesmo jeito enquanto escrevo esse texto hoje, em 2015) |
Trezentos e sessenta e cinco é um número relativamente grande. (Pausa pra dizer que estou mentindo e que, segundo o que eu aprendi na faculdade, um número só é grande quando se existe um parâmetro de comparação. Por exemplo 365 dias é muito tempo, mas 365 centavos é pouco dinheiro). Muita coisa pode mudar em 365
segundos, que dirá em 365
dias.
Em abril de 2014, eu tinha acabado de me mudar pela primeira vez na vida (bom, mais ou menos, eu me mudei no começo de fevereiro, mas ainda estávamos no processo de adaptação), tinha acabado de começar a faculdade, estava fazendo várias entrevistas de emprego, tudo estava diferente na minha vida e eu estava meio que tentando me adaptar.
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| 17/04/2014 (duvido cê adivinhar minha cor favorita) |
Eu tinha bastante tempo livre, então eu lembro de ler bastante. Li Os Lobos de Mercy Falls inteira em abril de 2014. Lembro de uma edição de Turma da Mônica Jovem com uma referência a Doctor Who. Era tão inocente na faculdade, achando que ia ficar rica, tirando xerox de tudo, enlouquecendo. Minha mochila ainda era nova. Uau. Hoje eu não leio quase nada por causa de faculdade e não peguei fila na xerox da faculdade nenhuma vez esse semestre. Não acho que vou nadar em dinheiro quando (se?) eu terminar economia, já desapeguei da ideia. Sim, ainda estou enlouquecendo, mas agora com a aparência de quem está enlouquecendo, já que essa parceira de guerra está caindo aos pedaços, por assim dizer.
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| 18/04/2014 (sou eu ali de verde, sentada com as pernas cruzadas e todas as pessoas nessa foto são da minha 'pequena' família, numa das primeiras visitas no apartamento novo) |
Meu cabelo estava bem curtinho. O que, fuçando o hd externo pra buscar essas fotos, me surpreendeu, já que eu tô com mania de falar todos os dias que meu cabelo não cresce logo. E, pensando mais ainda, já faz mais de um ano que meu cabelo não vê nem a cor de uma tesoura. A bebê mais nova da família já anda, já tem um ano, já toma mamadeira sozinha. Minha câmera está quebrada.
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| 20/04/2014 (programando em R aqui pra calcular minha idade mental) |
Se alguém me perguntasse em abril de 2014 o que eu achava que estaria fazendo em abril de 2015, eu certamente responderia algo bem distante do que está de fato acontecendo hoje. Eu nunca ia adivinhar as peripécias pelas quais passei nos últimos 365 dias. Foram muita coisa, muitas tentativas, muitas aventuras, muito murro em ponta de faca, muita cara quebrada, muita risada, muita lágrima.
Eu posso dizer qualquer coisa sobre o período compreendido entre abril de 2014 e abril de 2015, mas eu nunca - nunca - vou usar a a palavra 'previsível' pra isso. E é por isso que, daqui até abril de 2016, não prevejo nada. Não quero saber não. Se tem alguma coisa que aprendi nos últimos 12 meses sobre mim mesma, é que gosto da surpresa.
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