sábado, 4 de abril de 2015

Ouçamos o álbum inteiro - BEDA #4


Eu nunca tive costume de ouvir álbuns completos, que dirá baixar a discografia completa de qualquer artista que fosse. Eu sempre fui mais do tipo que escutava por acaso, e só se gostasse, ia atrás da música. Mas em algum ponto eu criei o costume?
O primeiro álbum que eu realmente ouvi todo foi Get Your Heart On, do Simple Plan. Foi na época em que eu estava viciada em Jet Lag e Astronaut, eu acho. E, por não ter gostado do álbum todo, não fiquei nessa de ficar baixando cd inteiro de ninguém pra ouvir todo, não.
Daí Paramore ressurge das cinzas com o álbum auto-intitulado, que eu baixei porque ia no show e queria aprender as músicas. Lembro que na primeira vez, eu quase surtei, tudo era lindo e maravilhoso e tal. Mas, depois de um tempo, a coisa foi perdendo a força e as músicas continuam boas ótimas, mas eu fui parando de pensar no álbum como uma entidade só e mais em músicas separadas. Que foi exatamente o que aconteceu quando eu ouvi o Midnight Memories do One Direction vazado. Só que mais intenso, porque hoje gosto bem menos desse cd que na época. 
Mas daí veio 2014, o ano das mudanças e de Four (1D) e de 1984 (TaySufite) e Sheezus (Lily Allen das divas).
Coisas importantes a se dizer sobre a Karla de 2014: mais directioner do que pensava, mais swifty que pensava, mais louca que pensava e menos crítica do que pensava. 
Então, lá estava eu, morrendo com Fireproof e a capa do cd novo no site deles, e daí pra enlouquecer no dia em que o álbum lançou foi um pulo (não, ainda não superei Stockholm Syndrome, ainda dá um treco no coração toda vez que escuto). Até  hoje, acho o melhor álbum da banda e, sem contar as faixas bônus que eu não escutei direito, só não gostei mesmo de uma música, e ainda amo ouvir só esse álbum sozinho, uma música atrás da outra.
Diferente de Four, 1989 foi um álbum difícil de engolir. Ouvi Out of the Woods quando saiu, com aquela sensação de 'quem é você e o que fez com Taylor Swift'. Achei Blank Space bem chatinha antes de ver o clipe. Achei o cd todo meio 'wannabe 80's', sem nem conseguir ouvir todas as músicas inteiras. Não sei porque fui ouvir de novo. E AINDA BEM QUE EU OUVI DE NOVO, porque acho esse álbum uma obra prima da natureza humana e não sei como algum dia na vida achei Blank Space uma música chata e amei toda a epicness de OOTW. Destaque especial para Style e New Romantics, porque PQP que músicas. E as músicas funcionam tão bem quando escutadas na ordem e tal. 
Então, surpreendentemente, o que quero dizer é: ouçamos o álbum inteiro. Nada é por acaso nas artes. A ordem das músicas foi escolhida por uma razão. Elas são diferentes quando escutadas sozinhas e na ordem do álbum. Elas são diferentes quando sozinhas e quando acompanhadas de um clipe. Música é um negócio pra ser apreciado com calma, quando se tem bastante tempo pra saber se gostou ou não e, ás vezes, requerendo a ajuda de outras músicas pra te conquistar.
Os últimos álbuns que escutei completo foram Efêmera e Tudo Tanto, da Tulipa Ruiz (sim, baixei a discografia completa depois daquele show) e Froot, da Marina dos diamantes. E em todos os três, eu já  tinha escutado algumas músicas, mas quando os ouvi completos, as músicas fizeram muito mais sentido e, consequentemente, ficaram muito melhores pra mim. Então eu aderi. Se eu me interessar o suficiente pelo artista, tentarei ouvir o álbum inteiro, com calma, apreciando cada música como vinho.


Esse foi um texto muito maior do que esperava postar durante o BEDA, mas enfim. Daqui até 30 de abril vai ter muito tempo pra não ter inspiração e escrever texto de seis linhas. 

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