segunda-feira, 27 de abril de 2015

Querido Filho da Puta, - BEDA #27

aka que algum dia eu tenha coragem de te dizer tudo isso. 
achei uma imagem bem digna
A pior parte de tudo o que aconteceu é que não te considero um filho da puta de verdade. A pior parte é te achar um cara incrível. Porque se eu te achasse um babaca, não estaria desse jeito. Eu estou assim por saber que a culpa é toda minha.
Porque eu já sabia desde o começo que aquilo não ia durar, que você ainda voltaria com ela. Eu sabia, eu tinha certeza desde que você disse "pedi um tempo com ela". Não é o primeiro cara a me jogar dessas. E eu já sabia ontem que você tinha ido encontrar com ela. E eu sabia que estava curtindo aquilo mais que você. Sabia que você só estava curando a carência e que eu só estava ali pra preencher um vazio. Eu sabia. Em cada beijo, em cada toque, eu sabia.
E ainda assim, me permiti. Me permiti sentir. Me permiti fantasiar. Deixei que você fosse o primeiro cara de quem falei pra minha mãe. Te contei o quanto eu gostava de ficar com você, porque você sabia exatamente o que fazer e pra onde ir. Quis contar pra todo mundo que eu estava gostando demais do rolinho. Me sentia culpada toda vez que via atualização da sua ex-ex-namorada no meu Facebook, mas me permiti, mesmo assim.
Porque você foi diferente. Foi diferente ao ponto de eu estar aqui me dando ao trabalho de escrever saporra, em lágrimas (MAS QUE MERDA, NÃO QUERO CHORAR POR ISSO), mesmo tendo em mente que você não vai ler (talvez, exatamente porque você não vai ler). Agi toda blasé perto de você pra que você não soubesse o quanto era diferente pra mim de todos os outros caras. 
Tinha essa parte de mim que ficava tentando me enganar, dizendo que eu só pensava que você não estava tão afim assim por causa da minha insegurança de não achar que um cara nunca vai gostar de mim, mas no fundo eu sempre soube da verdade. Você sempre foi dela, nunca será de mais ninguém.
E, ainda assim, sabendo que pra você aquilo era só tapa-buraco, não consigo ficar brava com você. Nem mesmo com ela. Só fico com raiva de ter me jogado tão de cabeça em algo que durou uma semana ou menos, sabendo, lá no fundo, que não ia passar disso.
E eu queria muito te odiar, Filho da Puta, mas eu não consigo. E eu queria muito não precisar olhar mais na tua cara, mas eu também não vou conseguir. Porque você é incrível.

*eu ia escrever em inglês para que você nunca lesse mesmo, mas acho que meu subconsciente quer  muito que você leia, porque, quando lembrei, já tinha escrito metade do texto em português. 
*UPDATE: a gente conversou, tá tudo bem agora, não sinto mais muito do que escrevi nesse texto, não acho ele válido em questões práticas, mas acho importante deixar registrado o que passava na minha cabeça antes de esclarecer as coisas.
*Você é meu rolê errado favorito.

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